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Mercado de trabalho brasileiro ainda reflete desigualdades raciais

Mulheres negras enfrentam maiores taxas de desemprego e salários menores - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Mulheres negras enfrentam maiores taxas de desemprego e salários menores - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (20), o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, que pela primeira vez será reconhecido como feriado nacional.

A medida foi sancionada em dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ampliando a visibilidade de uma data que já era comemorada em alguns estados e municípios.

O dia homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência contra a escravidão no país, e marca um momento de reflexão sobre os desafios ainda enfrentados para alcançar uma sociedade mais justa e igualitária.

Embora a escravidão tenha sido abolida há mais de um século, o racismo estrutural ainda afeta a população negra no Brasil, especialmente no mercado de trabalho. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que:

A subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, destaca que as mulheres negras ocupam majoritariamente cargos mal remunerados, como serviços domésticos e de limpeza.

“Eles ainda enfrentam a dura realidade de viver numa sociedade estruturalmente racista. A cor da pele continua limitando o acesso a postos de trabalho com uma remuneração melhor”, afirma.

Impactos da pandemia e diferença salarial

A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais a situação das mulheres negras. Muitas perderam empregos como empregadas domésticas, setor já marcado pela precarização. Além disso, a desigualdade salarial é evidente:

Avanços na educação e desafios na informalidade

Apesar das desigualdades, os últimos anos têm registrado avanços na escolaridade da população negra. Entre 2019 e 2024, houve aumento no número de pessoas com ensino superior completo, especialmente entre mulheres negras.

No entanto, a informalidade ainda é um obstáculo. No 2º trimestre de 2024:

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