O relatório final do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder será encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR) na segunda-feira (25).
Segundo informações obtidas pelo G1, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não deve levantar o sigilo do relatório final.
O entendimento do magistrado, segundo fontes internas, é que a manutenção do sigilo sobre o material, favorece o que chamam de “trabalho tranquilo” da equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Caso o PGR apresente denúncias, e o ministro aceite, o julgamento deve ocorrer só em 2025, após o recesso do judiciário, que vai de 19 de dezembro até primeiro de fevereiro.
Etapas da investigação
Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR), que é o Ministério Público, analisar as provas colhidas pela polícia e decidir se os acusados devem ser denunciados.
Após a chegada do documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem quinze dias para apresentar denúncia, pedir mais informações ou arquivar.
A Polícia Federal concluiu a investigação na quinta-feira (21), e enviou o relatório final ao STF. O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes.
Histórico
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 36 ex-integrantes de seu governo por participação na tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Eles são investigados pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
O indiciamento dificulta ainda mais o futuro político de Bolsonaro. Agora, o ex-presidente corre o risco de ser condenado por até 28 anos.