A Polícia Federal (PF) concluiu a perícia sobre a morte de Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba que se explodiu no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os peritos confirmaram que a causa da morte foi traumatismo traumatismo encefálico por explosão e classificaram o óbito como “suicídio”.
“Como provável dinâmica, os achados necroscópicos suportam que o indivíduo, já deitado e com a cabeça encostada no chão, teria segurado o artefato explosivo com a mão direita, contra a própria cabeça, em contato com a pele”, explica o laudo.
A conclusão do exame necroscópico excluiu a possibilidade de que o homem tenha sido alvejado por disparo de arma de fogo.
“Durante o exame, não se constatou nenhum estojo de munição que sugerisse ter havido disparo e nem qualquer projétil alojado nas circunjacências da Praça dos Três Poderes”, aponta o documento.
A teoria de que Wanderley teria levado um tiro de alguma polícia no local foi divulgada em redes sociais, mas desmentida pela perícia.
Coringa
O laudo ficou pronto no fim da tarde desta segunda-feira (25) no Instituto Nacional de Criminalística (INC) e foi enviado à sede da Polícia Federal.
De acordo com o laudo, Francisco usava uma blusa com estampa de dominós no dia do atentado, além do paletó com estampa da naipes de cartas de baralho.
Sendo assim, foi confirmado que o traje usado por ele remetia ao personagem Coringa.
“É inegável que remete, num primeiro momento, ao personagem fictício do Coringa, indicando provavelmente que, de alguma forma, a vítima se identificava com essa figura, seja por quais motivos for”, conclui o documento.
Explosão no STF
Duas explosões ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal: uma no anexo 4 da Câmara dos Deputados e outra em frente ao STF.
O “homem-bomba” ativou explosivos no corpo e se suicidou ao lado da estátua da Justiça, localizada em frente ao prédio da Suprema Corte.
Francisco é ex-candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020, em Rio do Sul (SC).
*Com informações da CNN