O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo, nesta quinta-feira (28), para um acordo de anistia aos presos pelo 8 de janeiro com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro é indiciado pela Polícia Federal (PF) por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.
Ele afirmou que apenas a perdão aos golpistas pode trazer paz para o país e comparou o momento com a Lei da Anistia de 1979, no fim da ditadura militar.
“Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. […] se tivesse uma palavra do Lula ou do Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido”, afirmou em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro.
Golpe de estado
Bolsonaro ainda voltou a criticar o relatório da PF que indiciou ele a mais 36 pessoas por plano golpista para impedir a posse de Lula após as eleições de 2022.
“[O relatório] é mais uma peça de ficção. Falar de golpe de Estado com general da reserva, 4 oficiais e um agente da PF é outra piada. E como um todo, não tem prova de absolutamente nada. Eles não querem pegar o Braga Netto, o Heleno, eles querem pegar eu mesmo. Acham que eu sou o mal, o grande mal da democracia”, comentou.
O inquérito da tentativa de golpe de estado foi divulgado na terça-feira (26).
O sigilo do relatório foi derrubado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do chamado inquérito do golpe.
Em entrevista à Revista Oeste, o ex-presidente afirmou que discutiu com militares sobre a possibilidade de decretar o estado de sítio após as eleições de 2022.