Dalton Trevisan, um dos maiores nomes da literatura brasileira, faleceu nesta segunda-feira (9), aos 99 anos.

Autor de mais de 50 livros, o escritor curitibano conquistou importantes prêmios ao longo de sua trajetória, como o Camões, a maior honraria da língua portuguesa, o Jabuti e, em 2011, o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.

Conhecido por seu estilo recluso e avesso à mídia, Trevisan não concedia entrevistas desde os anos 1970. Ele vivia isolado em um apartamento no centro de Curitiba, cidade que era protagonista em grande parte de suas histórias.

Suas narrativas exploravam o cotidiano da capital paranaense, com uma escrita direta e concisa que mergulhava nos costumes e nas complexidades psicológicas dos personagens.

Quem era Dalton Trevisan?

Formado em Direito, Trevisan começou sua carreira literária com Sonata ao Luar, obra que chamou a atenção do público e da crítica. No entanto, foi o livro de contos O Vampiro de Curitiba (1965) que consolidou seu nome no cenário literário.

Suas obras foram traduzidas para vários idiomas, ampliando seu reconhecimento internacional.

Entre 1946 e 1948, Dalton Trevisan editou a revista Joaquim, que contou com a colaboração de grandes nomes da literatura brasileira, como Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade.

A casa onde o escritor viveu em Curitiba, localizada na esquina das ruas Ubaldino do Amaral e Amintas de Barros, no bairro Alto da Glória, tornou-se um ponto turístico e é frequentada por admiradores de sua obra.

A morte de Dalton Trevisan marca o fim de uma era na literatura brasileira, mas seu legado literário e sua forma única de retratar o Brasil urbano continuam a inspirar gerações.

Com informações da Agência Brasil.