O Palácio do Planalto começou a receber, nesta segunda-feira (6), parte das obras de arte depredadas durante o ato golpista de 8 de janeiro de 2023.

As obras restauradas serão oficialmente restituídas ao acervo do governo em uma cerimônia na quarta-feira (8), que marcará os dois anos da tentativa de golpe contra a democracia.

Ao todo, 21 peças foram restauradas no Palácio da Alvorada, incluindo um relógio do século 17, presente da Corte Francesa a Dom João VI, que virou símbolo dos atos antidemocráticos.

Segundo o Planalto, o relógio Balthasar Martinot Boulle, do século XVII, será levado nesta terça-feira (7) para o palácio.

Três obras chegaram ao Planalto:

  • o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti: principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto (veja na imagem abaixo). Valor estimado em R$ 8 milhões;
  • a obra O Flautista, de Bruno Giorgi: escultura em bronze que foi completamente destruída. Valor estimado em R$ 250 mil;
  • a escultura de madeira Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg. A peça está estimada em R$ 300 mil.

Segundo informações do G1, o governo montou um laboratório no Palácio da Alvorada para realizar o restauro das obras danificadas.

O processo contou com a cooperação técnica com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que assumiu os custos do trabalho realizado por uma equipe de dez restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Ato simbólico

Na próxima quarta-feira (8), o Palácio do Planalto será sede de um ato simbólico em Brasília com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O evento será em memória aos ataques antidemocráticos que causaram danos ao patrimônio físico e imaterial dos Três Poderes.

A militância petista também tem preparado um evento para o mesmo dia.

A cerimônia vai contar com a presença de diversas autoridades, desde representantes dos Três Poderes a governadores.

Ao final do ato, será realizado um “Abraço da Democracia”, que prevê discursos e a descida da rampa do Palácio do Planalto de autoridades dos Três Poderes com a participação do público geral.