Nesta sexta-feira (25), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) iniciou a Operação Spectamus para investigar fraudes no uso de recursos públicos destinados ao Parque Granja do Torto (PGT).

As investigações apontam para um esquema de desvio milionário envolvendo contratos de gestão pública, com suspeitas de crimes como peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em diferentes pontos do Distrito Federal, incluindo residências de advogados, escritórios e empresas ligadas ao esquema, localizadas no Plano Piloto, Sobradinho, Águas Claras, Sudoeste e Riacho Fundo.

Cerca de 80 agentes da PCDF participaram da operação, sob a coordenação da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR/DECOR).

A investigação, iniciada em julho deste ano, apontou várias irregularidades na gestão de contratos entre a Secretaria de Agricultura do DF e o Serviço Social Autônomo Parque Granja do Torto.

Durante a análise, foram identificadas inconsistências na prestação de contas, notas fiscais em desacordo com a lei e evidências de que alguns serviços não foram realizados, apesar do pagamento.

Há também indícios de duplicidade em pagamentos a escritórios de advocacia, sem clareza ou comprovação dos serviços prestados.

Segundo a PCDF, a falta de transparência e a ocultação de informações financeiras dificultaram o acompanhamento dos recursos destinados ao PGT.

As suspeitas de contratos simulados sugerem que o grupo criminoso desviava verbas públicas por meio de documentos falsos e relatórios manipulados, o que configura uma possível prática de fraude.

A operação busca consolidar as provas reunidas, identificar outros envolvidos e determinar o papel de cada suspeito no esquema. Caso condenados, os envolvidos podem pegar mais de 30 anos de prisão.