Na manhã desta sexta-feira (1º), a tia de Clícia Lima da Silva, amazonense de 35 anos morta em São Paulo, falou com exclusividade à TV Norte Amazonas. Ela fez um apelo à população, pedindo ajuda para trazer o corpo de Clícia a Manaus, onde deseja realizar o sepultamento.

De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, o principal suspeito do crime é o namorado da vítima, Edson Fernandes, que já está detido e prestando esclarecimentos na delegacia. A tia de Clícia relatou que a sobrinha desejava voltar para Manaus devido aos abusos que sofria por parte do namorado.

“Eu pensava que eles formavam um casal perfeito. No início, quando ela se mudou para São Paulo, dizia que estava feliz, mas, com o tempo, começou a contar à irmã que não suportava mais os abusos dele. Estamos devastados com a sua morte. Ela era como uma filha para mim e não merecia morrer assim, ela não teve tempo de se defender. Queremos justiça e ajuda da população para trazer o corpo e oferecer a ela um enterro digno”, desabafou a tia emocionada.

Relatos da irmã sobre os abusos

Em entrevista ao programa Povo na TV, Carla, irmã de Clícia, compartilhou sua dor ao vivo. Ela foi a São Paulo para providenciar o translado do corpo e revelou detalhes das mensagens enviadas por Clícia, nas quais ela descrevia as agressões e humilhações sofridas.

“É muito difícil receber uma notícia assim. Ainda não tive acesso ao corpo da minha irmã e não sei como será enfrentá-lo. Ela sempre me relatava os abusos e as constantes agressões de Edson. Clícia abandonou tudo em Manaus para viver com ele, e ele fez isso com ela,” desabafou Carla, ainda muito abalada com a perda.

A família agora busca apoio para realizar o translado do corpo de Clícia e pede por justiça para que o caso seja resolvido e que Edson Fernandes responda pelos atos.

Relembre o caso

A mulher identificada como Clicia foi encontrada morta na manhã de quarta-feira (30) no rio Jaguari, em Piracaia (SP). O homem, que morava com ela, é o principal suspeito de cometer o crime e deve ser ouvido pela polícia.

Segundo o delegado Sandro Montanari, da Seccional de Bragança Paulista, informou que a vítima morreu de politraumatismo craniano na cabeça e coluna, causado por uma pancada muito forte. Além disso, ela não apresentava sinais de luta ou resistência, ou seja, pode ter sido pega de surpresa pelo assassino.