O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que os militares suspeitos de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes “não representam as Forças Armadas”.

“Não são pessoas que representam as Forças Armadas. Estavam com seus CPFs, foi iniciativa de cada um. Eu desejo que tudo seja apurado e que os culpados sejam julgados pela Justiça”, declarou o ministro nesta quarta-feira (20).

Múcio também ressaltou que tanto ele quanto as Forças Armadas defendem a punição dos envolvidos: “Quem mancha o nome das Forças, se for culpado, precisa ser punido.”

Prisões e detalhes do plano

Na terça-feira (19), a Polícia Federal prendeu cinco suspeitos de planejar um golpe que incluía o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. Segundo as investigações, o plano seria executado em 15 de novembro de 2022.

Um documento detalhando a ação, intitulado “Planejamento – Punhal Verde e Amarelo”, foi elaborado mais de um mês antes e teria sido impresso dentro do Palácio do Planalto por Mário Fernandes, general reformado, ex-secretário-executivo da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).

Além de Fernandes, foram presos um policial federal e três militares do Comando de Operações Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”.