Policiais Militares que agrediram jovem inocente em Guaraí, município do Tocantins, foram indiciados pela Justiça Militar. O caso, marcado pela brutalidade e pelo uso desproporcional da força, chamou a atenção pública após as imagens da agressão serem capturadas por câmeras de segurança.
Caso o Ministério Público Militar (MPM) decida apresentar denúncia formal contra os policiais envolvidos, há a possibilidade de que os agentes sejam levados a julgamento perante a Justiça Militar, onde responderão pelos seus atos.
Câmeras flagram agressão
As câmeras de segurança de um estabelecimento próximo ao ocorrido registraram, de maneira clara, o momento em que a agressão ocorreu. O jovem, que mais tarde foi confirmado como inocente, foi abordado pelos policiais de forma extremamente violenta, sob a alegação de que ele estaria supostamente envolvido em algum tipo de atividade criminosa.
O vídeo com as imagens dos policiais militares agredindo o jovem, que circulou nas redes sociais e gerou indignação na população, está disponível para visualização abaixo.
A agressão, que ocorreu em agosto deste ano, teve a conclusão de seu inquérito oficializada apenas no mês de dezembro.
Nota da PM sobre a agressão
A Polícia Militar do Tocantins (PMTO), por meio de uma nota oficial divulgada à imprensa, comunicou que os policiais militares envolvidos na agressão, ocorrida durante uma abordagem em Guaraí, foram devidamente indiciados ao término do inquérito investigativo.
A corporação informou ainda que, além do indiciamento, foi instaurada uma sindicância interna para apurar de forma mais aprofundada a conduta dos agentes responsáveis pela agressão. Esse processo administrativo, segundo a PMTO, encontra-se em sua fase final de análise e conclusão.
Os policiais envolvidos foram afastados de suas atividades de patrulhamento nas ruas, uma medida preventiva adotada pela instituição para preservar a imparcialidade durante as investigações. Além disso, o policial que desferiu o chute contra o jovem foi transferido para outra unidade, com o mesmo objetivo.
A condenação em primeira instância responsabilizou o Estado pela conduta inadequada do policial militar, o que gerou repercussões jurídicas e sociais.
Por fim, em sua nota, a Polícia Militar: “reitera que colabora plenamente com as informações e medidas necessárias para a correta condução do processo.”