O governo brasileiro condena os bombardeios israelenses realizados nesta quinta-feira (2) e sexta-feira (3), na Faixa de Gaza.

Até o momento, mais de 110 pessoas morreram, incluindo mulheres e crianças.

Entre as vítimas fatais, ao menos 12 se encontravam em acampamento para deslocados na localidade de Al-Mawasi, designada como zona humanitária e situada no Sul da Faixa.

“Ao recordar a obrigação de que Israel tome as medidas necessárias, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, para proteger a população civil nos territórios ocupados, o governo brasileiro reitera seu apelo por um cessar-fogo permanente e abrangente, que inclua a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária em Gaza”, diz nota do Ministério das Relações Exteriores.

O Brasil ainda reafirma o seu compromisso em buscar uma solução para os dois Estados.

“Com um Estado palestino independente e viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como sua capital”, completou a pasta.

Conflito Israel e Palestina

O conflito entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles foram expulsos, retomaram terras, ampliaram e as perderam.

Os ataques na Faixa de Gaza começaram no dia 7 de outubro de 2023. Na época, o governo brasileiro passou a sugerir medidas no cenário internacional na tentativa de suspender as hostilidades.

A população de Gaza caiu 6% desde o início da guerra com Israel há quase 15 meses, segundo a Agência Central de Estatísticas Palestina.