Após cinco dias de julgamento, o Júri Popular decidiu pela absolvição dos militares Antônio de Jesus Batista, Alan Melo Martins, Josemar Barbosa, Wladimir Soares e Raimundo Costa.

A justiça acusou os policiais de envolvimento na morte de uma menina de 11 anos, identificada como Maria Cauane. Além disso, as autoridades também assassinaram Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales.

As mortes ocorreram durante uma operação policial realizada no bairro Preventório, em Rio Branco, no Acre, em 2018.

O julgamento aconteceu na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, no Fórum Criminal da Cidade da Justiça, com a presidência do juiz Robson Aleixo e a atuação do promotor Carlos Pescador. Ao longo do processo, a justiça ouviu 17 testemunhas de acusação e 13 de defesa.

Policiais são acusados pela morte de menina de 11 anos no Acre

O caso remonta a maio de 2018, quando o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Acre matou Maria Cauane, Gleiton e Edmilson em uma ação.

Um dos policiais disparou um tiro de fuzil e baleou a menina durante a operação. Na época, o Bope alegou que a troca de tiros ocorreu após a operação, e que a criança já estava ferida quando a equipe policial chegou ao local.

Contudo, a família da vítima contestou a versão e afirmou que a PM fez o disparo que matou Maria Cauane com um fuzil. Um laudo pericial confirmou o relato dos familiares.

Um laudo balístico, apresentado no processo, apontou que o disparo fatal veio da arma do policial Alan Martins.

Denúncia contra os policiais

A denúncia contra os cinco policiais militares, envolvidos na morte da menina, foi recebida pela Justiça do Acre em maio de 2019. Na ocasião, a entidade indeferiu o pedido de prisão preventiva.

Em novembro de 2019, a 1ª Vara do Tribunal do Júri ouviu 15 testemunhas durante a audiência de instrução. Após essa fase, o Ministério Público do Acre (MP-AC) solicitou a pronúncia dos réus, ou seja, o encaminhamento do caso para julgamento no júri popular.

Por outro lado, a defesa dos réus pediu a absolvição sumária de Antônio de Jesus Batista, Alan Melo Martins, Wladimir Soares da Costa e Raimundo de Souza Costa. Ademais, pediu a impronúncia de Josemar de Farias.