Um homem de 48 anos, identificado como Clemilton Gomes da Silva, foi encontrado morto com um tiro na cabeça por volta das 5h da última quinta-feira (12), na rua Francisco Firmino da Silva, no conjunto habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco.
De acordo com o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), a esposa da vítima relatou que ouviu um barulho por volta das 3h da madrugada, mas só levantou da cama às 5h, momento em que encontrou o marido morto, caído na área externa da casa.
A mulher afirmou que o marido fazia uso de entorpecentes. Moradores acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte. Em seguida, a equipe de perícia foi ao local e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML) para exames.
Ainda não é possível determinar se Clemilton estava sozinho no momento do uso de drogas ou se havia consumido em outro local antes de ser morto, pois o caso ainda está em investigação e os dados finais não foram divulgados.
Por fim, na última segunda-feira (9), um homem também foi morto com tiro na cabeça após ter casa invadida em Rio Branco.
Acre registra 146 mortes violentas em 2024
De janeiro a outubro de 2024, o Acre registrou 146 mortes violentas, conforme dados do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), divulgados pelo Acompanhamento de Indicadores de Violência e Criminalidade do Núcleo de Apoio Técnico.
Os números variaram ao longo do ano. Janeiro apresentou o maior número de casos (27 mortes) e outubro com 21 registros. O mês de maio teve o menor índice, com 9 mortes. De outubro, registrou-se 21 mortes violentas.
Entre as vítimas, 71 foram em Rio Branco, o que corresponde a 48,63% do total. Feijó, com 16 mortes, e Tarauacá, com 11, são os municípios seguintes em número de ocorrências.
A maioria das vítimas era do sexo masculino (136 casos), com maior incidência na faixa etária de 25 a 29 anos, que registrou 28 óbitos.
O período noturno concentrou a maior parte dos casos (31,51%), e os domingos foram os dias mais frequentes (20,60%). Armas de fogo causaram 54,79% das mortes, enquanto 29,45% envolveram armas brancas.
A principal motivação das mortes esteve ligada a conflitos envolvendo facções e drogas (37,67%), seguida por casos fúteis ou relacionados ao consumo de álcool (11,64%). Ademais, a motivação de 29,45% dos casos ainda está sendo investigada.