As investigações apontam que a ex-sinhazinha Djidja Cardoso ‘pedia’ para não ser tortuda pela própria mãe, Cleusimar Cardoso.

Durante a apuração do caso de Djidja, a Polícia Civil do Estado do Amazonas revelou que a empregada doméstica da família Cardoso, Luziene Queiroz, presenciou práticas de tortura vindas da mãe contra a filha.

De acordo com a testemunha, Cleusimar tinha um comportamento que por vezes machucava a empresária. Ela cita exemplos como assanhar os cabelos, beliscar e torcer o braço.

“Djidja estava fraca e mal conseguia se defender. Inclusive, sempre pedia para Cleusimar parar com o comportamento que a machucava”, diz a empregada.

Gerente do salão convenceu Djidja a não sair de casa

Ainda conforme o depoimento, Luziene Queiroz testemunhou a polícia chegando ao local a fim de intervir na saúde de Djidja.

Além disso, a funcionária chegou a conversar com a ex-sinhazinha, aconselhando-a a sair de casa.

No entanto, ela revela que Verônica Seixas, gerente do salão Belle Femme, reverteu a situação e a induziu a continuar na residência e, consequentemente, a impedindo de receber a ajuda necessária.

Djidja e Ademar repartiam cetamina de forma desigual

À polícia, a testemunha também declarou que Djidja e Ademar Cardoso encomendavam a cetamina por telefone.

Portanto, ao pediram a cetamina e potenay por telefone, eles usavam códigos. Cetamina era “DJEY” e potenay era “NAY”.

Quando comprada, os irmãos dividiam de forma desigual: 20ml para Djidja e Ademar, e 10ml para Cleusimar.

“Cleusimar sempre ficava com a menor parte e dividia com quem chegava na casa. Cleusimar já ofereceu várias vezes cetamina a declarante (empregada) e falava que era pra ela se elevar”, diz transcrição.

Relembre o caso

No dia 28 de maio, policiais em Manaus localizaram o corpo de Djidja Cardoso, conhecida como a “ex-Sinhazinha” do Boi Garantido.

A dançarina morreu em decorrência de uma “depressão dos centros cardiorrespiratórios”.

Na época, surgiram especulações entre os familiares sobre uma possível ligação da morte de Djidja com o uso de drogas.

Cleomar Cardoso, tia da dançarina, comentou que a “família original” tentou ajudar Djidja, mas encontrou resistência por parte da mãe da jovem.

Investigações posteriores revelaram que a mãe de Djidja, Cleusimar; a própria Djidja; e o irmão, Ademar, estavam envolvidos no uso da mesma substância.

Eles faziam uso recreativo de um anestésico veterinário em casa, o que levou à abertura de uma investigação mais ampla sobre o tráfico de drogas.

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