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Caso Djidja: ex-sinhazinha pedia para não ser torturada pela mãe

Mais detalhes são revelados sobre o caso Djidja Cardoso. Foto: Reprodução Internet

Mais detalhes são revelados sobre o caso Djidja Cardoso. Foto: Reprodução Internet

As investigações apontam que a ex-sinhazinha Djidja Cardoso ‘pedia’ para não ser tortuda pela própria mãe, Cleusimar Cardoso.

Durante a apuração do caso de Djidja, a Polícia Civil do Estado do Amazonas revelou que a empregada doméstica da família Cardoso, Luziene Queiroz, presenciou práticas de tortura vindas da mãe contra a filha.

De acordo com a testemunha, Cleusimar tinha um comportamento que por vezes machucava a empresária. Ela cita exemplos como assanhar os cabelos, beliscar e torcer o braço.

“Djidja estava fraca e mal conseguia se defender. Inclusive, sempre pedia para Cleusimar parar com o comportamento que a machucava”, diz a empregada.

Gerente do salão convenceu Djidja a não sair de casa

Ainda conforme o depoimento, Luziene Queiroz testemunhou a polícia chegando ao local a fim de intervir na saúde de Djidja.

Além disso, a funcionária chegou a conversar com a ex-sinhazinha, aconselhando-a a sair de casa.

No entanto, ela revela que Verônica Seixas, gerente do salão Belle Femme, reverteu a situação e a induziu a continuar na residência e, consequentemente, a impedindo de receber a ajuda necessária.

Djidja e Ademar repartiam cetamina de forma desigual

À polícia, a testemunha também declarou que Djidja e Ademar Cardoso encomendavam a cetamina por telefone.

Portanto, ao pediram a cetamina e potenay por telefone, eles usavam códigos. Cetamina era “DJEY” e potenay era “NAY”.

Quando comprada, os irmãos dividiam de forma desigual: 20ml para Djidja e Ademar, e 10ml para Cleusimar.

“Cleusimar sempre ficava com a menor parte e dividia com quem chegava na casa. Cleusimar já ofereceu várias vezes cetamina a declarante (empregada) e falava que era pra ela se elevar”, diz transcrição.

Veja nota da defesa

Conforme a advogada da família Cardoso, Nauzila Campos, o processo ainda não deu inicio às perícias técnicas, primordiais para validar a provas. Veja na íntegra a nota da defesa:

A prova testemunhal é, por sua própria natureza, questionável – especialmente quando colhida ainda em inquérito policial. No processo judicial é que as provas são devidamente validadas por meio de perícias técnicas, sequer iniciadas no caso da acusação sobre suposta tortura.

O processo sobre tráfico, originado do inquérito acerca da Operação Mandrágora, possui mais de duas mil páginas, então basear uma acusação tão grave por um único depoimento soa bastante frágil do ponto de vista do processo penal.

Ademais, o processo judicial a respeito da suposta acusação de tortura sequer foi desmembrado ainda, assim como outros crimes que também serão distribuídos a outras varas criminais correspondentes. E, em cada um deles, os fatos serão devidamente esclarecidos, com a comprovação da inocência da Família Cardoso.

Relembre o caso

No dia 28 de maio, policiais em Manaus localizaram o corpo de Djidja Cardoso, conhecida como a “ex-Sinhazinha” do Boi Garantido.

A dançarina morreu em decorrência de uma “depressão dos centros cardiorrespiratórios”.

Na época, surgiram especulações entre os familiares sobre uma possível ligação da morte de Djidja com o uso de drogas.

Cleomar Cardoso, tia da dançarina, comentou que a “família original” tentou ajudar Djidja, mas encontrou resistência por parte da mãe da jovem.

Investigações posteriores revelaram que a mãe de Djidja, Cleusimar; a própria Djidja; e o irmão, Ademar, estavam envolvidos no uso da mesma substância.

Eles faziam uso recreativo de um anestésico veterinário em casa, o que levou à abertura de uma investigação mais ampla sobre o tráfico de drogas.

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