A mãe da bebê Laylla Victória, de apenas 1 ano, chorou em desespero com a morte da filha, vítima de violência sexual em Jutaí (AM). O suposto autor do crime morreu, na noite de quinta-feira (19), linchado pela população.

O caso brutal aconteceu nas ruas da cidade e, quem testemunho o linchamento, chegou a transmiti-lo no Instagram. Informações indicam que ele já estava preso na 56ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) quando a população o retirou de lá.

Naquele momento, ele já havia confessado o crime e informado que havia jogado o corpo da vítima em um rio na região. Revoltados, os populares invadiram a delegacia com rojões e, após confronto policial, retiraram o suspeito do local.

Os moradores de Jutaí o espancaram e, em seguida, incendiaram o corpo do homem em via pública, com testemunhas transmitindo o episódio brutal nas redes sociais. Até o momento, ainda não encontraram o corpo da criança.

Mãe de bebê estuprada em Jutaí (AM)

A mãe de Laylla aparece chorando, em vídeo compartilhado nas redes sociais, e se questionando: “Por que não foi comigo, senhor? Eu que mereço”.

Outros registros mostram o momento em que os moradores tentam invadir a delegacia com rojões e, em seguida, quando matam violentamente o suspeito.

Linchamento em Manaus

Um estudo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) identificou um crescimento nos casos de linchamento em Manaus durante os anos de 2011 e 2020. Segundo a pesquisa, coordenada pelo professor Fábio Magalhães, a cidade registrou cerca de 345 casos.

A pesquisa revela que a maioria dos registros aconteceram durante a madrugada e, ao menos, 28% dos casos terminaram em morte. Além disso, o estudo ainda destacou as principais motivações em Manaus, sendo crimes contra o patrimônio e sexuais.

Vale ressaltar que o linchamento é uma prática ilegal. Trata-se de uma forma de violência extrajudicial onde um grupo de pessoas toma a justiça nas próprias mãos, geralmente brutalmente e sem o devido processo legal.

No Brasil, o Código Penal prevê o linchamento como crime e condena as práticas de justiça privada. As leis brasileiras garantem que apenas o sistema judicial tem a autoridade para julgar e punir crimes. Além disso, o linchamento pode ser enquadrado em outras categorias de crimes, como homicídio e tortura, dependendo das circunstâncias.

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