Prenderam dois homens em Manaus, nesta segunda-feira (14), que supostamente utilizavam uma “arma de bolinha de gel” para assaltos na cidade. A prisão aconteceu durante um patrulhamento da Polícia Militar, no bairro Betânia, Zona Sul.

Os homens chamaram a atenção dos agentes por trafegarem na área em uma motocicleta com a placa adulterada. Quando abordados, os suspeitos alegaram estarem a caminho do trabalho quando um amigo modificou o número.

Durante a intervenção, os polícias apreenderam dois celulares, uma carteira e “sedas” para maconha, além da metralhadora de brinquedo. Em seguida, detiveram os suspeitos e os encaminharam à delegacia, onde passarão por audiência de custódia.

Não é a primeira que oficiais demonstram preocupação com a moda das “armas de bolinha de gel” em Manaus. A primeira aparição desse tipo de brinquedo foi no início de setembro, após jovens viralizarem nas redes sociais os utilizando em via pública.

Alerta da polícia

Na época em que saiu o primeiro vídeo viral, o sargento da Polícia Militar do Amazonas (PM), Alisson Carvalho, usou as redes para alertar sobre os perigos. Ele ressaltava, principalmente, os riscos de possíveis confusões com armas reais.

“Nós, policiais militares, combatemos o crime organizado diariamente tiramos de circulação diversas armas de fogo, enquanto você não tiver consciência que esse armamento pode ser muito bem confundido com uma arma de fogo de verdade, você corre risco de vida”, disse.

Armas de bolinha de gel em Manaus

Em setembro, Manaus foi palco de um incidente preocupante: jovens invadiram a loja Havan com armas de bolinha de gel. Na ocasião, os rapazes apareciam apenas trocando disparos entre eles, mas ainda assim levantam alerta.

Esse não foi o único o episódio na cidade, antes disso circulava vídeos de jovens disparando esferas de gel contra pedestres na cidade. Em meio a esse clima de tensão, um grupo local ainda organizou um evento chamado “operação ataque soviético”, que consistia em uma “batalha” entre as zonas Sul e Norte de Manaus.

No último caso, a Polícia Militar interveniu, interrompendo o evento e proibindo a atividade devido aos riscos associados.