O Comando Conjunto Catrimani II, deu início a Operação Majestade-Cachoeira na última quarta-feira (20). A ação aconteceu no rio Uraricoera, em Roraima, com o objetivo de destruir a infraestrutura do garimpo legal, protegendo as comunidades indígenas afetadas.
A operação ocorreu na área da Terra Indígena Yanomami, na região de garimpo Majestada e Pé da Cachoeira.
As tropas chegaram ao local com auxílio da aeronave UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil.
Durante a operação, militares desativaram vários materiais pertencentes à mineração ilegal, como por exemplo: refrigeradores, geradores, motores, placas solares, fogão, frigobar, itens de acapmamento, material de higiene pessoal, medicamentos e uma embarcação.
Operação Catrimani II
A Operação Catrimani II é uma operação unificada com os órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em conjunto com a Casa de Governo de Roraima.
Além disso, busca agir de maneira preventiva e repressiva contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami (TIY).
As Forças Armadas na Amazônia tem como objetivo a presença de garimpeiros em áreas indígenas, destruindo estruturas de apoio. Portanto, para combater isso, os militares realizam patrulhas para reprimir o garimpo e impedir o dano ambiental causado.
Rio Uraricoara é contaminado por mercúrio
Além disso, o rio Uraricoara é um dos sete rios contaminados por mercúrio, metal utilizado em garimpos ilegais.
Um levantamento da WWF-Brasil revelou que os rios Parima, Uraricaá, Amajari, Apiaú, Uraricoera, Mucajaí e Couto de Magalhães apresentam níveis críticos de contaminação por mercúrio. Ademais, os afluentes Auaris, Trairão e Ereu, todos pertencentes à bacia do rio Uraricoera, também registraram altos índices de poluição.
As áreas de garimpo ilegal, próximas a esses rios, intensificam a contaminação, utilizando mercúrio de forma ampla no processo de separação do ouro de outros materiais.
O rio Uraricoera, em particular, funciona como uma das principais rotas de entrada de garimpeiros na Terra Yanomami, enquanto o rio Mucajaí figura entre os mais prejudicados.