A Polícia Civil de Roraima (PCRR) cumpriu a prisão preventiva de dois homens, de 18 e 43 anos, e a apreensão de um adolescente, de 15 anos. Os suspeitos são acusados de envolvimento na tortura e morte da jovem Eduarda Oliveira de Aguiar, de 19 anos, em São João da Baliza, Roraima.
A PCRR realizou a apreensão em conjunto com a equipe da Delegacia de São João da Baliza e a Polícia Militar (PMRR).
A jovem desapareceu na última quinta-feira (21) e foi encontrada em uma vala na manhã de sábado (23), com o corpo escondido por folhas de bananeira, após tortura e morte em Roraima.
De acordo com o delegado regional Hans Hellebrandt, as testemunhas viram a vítima pela última vez em um local conhecido por serem praticadas atividades ilícitas. O delegado abriu o inquérito policial para detalhar as circunstâncias do crime e identidade dos envolvidos.
Os resultados da investigação confirmaram que o assassinato conteve extrema violência, incluindo enforcamento e mutilação. A mulher teve sua língua cortada e o corpo descartado em uma vala.
Devido a brutalidade do crime, a região se comoveu com o assassinato da jovem. O Ministério Público de Roraima (MPRR) pediu à Justiça a prisão preventiva dos envolvidos no crime.
Depoimentos de testemunhas e suspeitos
As testemunhas afirmam que o assassinato da jovem funcionou como uma punição por ter repassado informações à Polícia Militar, o que resultou na prisão de um membro da facção criminosa a qual os suspeitos pertencem.
A família da vítima informou que a mulher poderia estar na casa de uma pessoa conhecida como “Menon”. A vítima visitava o local frequentemente para usar drogas.
Os familiares afirmaram que sofreram ameaças por ele quando tentaram entrar no local, e em seguida acionaram a Polícia Militar.
Adolescente é mentor do crime
As investigações apontam que o adolescente de 15 anos é o responsável pelo planejamento do crime. Ele é irmão do membro da facção preso devido ao relato da vítima.
O suspeito “Menon” é o dono da casa onde crime ocorreu. Segundo a investigação, ele atraiu a jovem para a residência.
O acusado relata que usou drogas com a vítima e deixou a jovem trancada na casa. Depois disso, os suspeitos foram ao local de execução, onde torturaram e mataram a mulher.
Um dos suspeitos confessa que não teve envolvimento na execução, e que apenas cedeu a casa. Também alegou ver o corpo da vítima em uma vala nos fundos da residência de “Menon”.
A Polícia Civil continua as investigações para apurar a participação de outros suspeitos envolvidos no crime.