A condenação do sobrinho do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), saiu na última terça-feira (17). Fabrício de Souza Almeida foi preso em flagrante com o irmão Antônio Oliveira Garcia Bispo no dia 23 de maio, no bairro da União.
Fabrício recebeu a pena de seis anos e 11 meses por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. No entanto, o Ministério Público de Roraima (MP-RR) entrou com recurso na última quarta-feira (18) para aumentar a condenação do sobrinho de Denarium.
De acordo com a denúncia do MP-RR, após apreender mais de 70 quilos de skunk em um sítio na região de Água Boa, a Polícia Civil de Roraima (PC-RR) iniciou uma investigação para identificar os donos da droga.
Conforme as investigações, os agentes descobriram que outra grande quantidade de entorpecentes, do mesmo fornecedor, estava armazenada em Boa Vista.
Assim, as investigações apontaram para Fabrício como principal responsável por guardar os entorpecentes em um depósito onde também mantinha uma marmoraria.
O promotor de Justiça Carlos Alberto Melotto criticou a pena aplicada ao empresário e defendeu uma punição mais severa:
“A pena por tráfico recebeu uma atenuante com a qual não concordamos. Ficou claro que Fabrício se dedica à prática criminosa e possuía armamento pesado”, afirmou.
Relembre caso
A PC-RR prendeu os sobrinhos de Denarium, Fabrício de Souza Almeida e Antônio Oliverio Garcia Bispo, em 23 de maio, durante uma operação.
A ação foi um desdobramento da apreensão de 70 quilos da droga em uma chácara na zona rural de Boa Vista. Após uma denúncia anônima, policiais localizaram os entorpecentes às margens do igarapé Água Boa.
As investigações apontaram que Fabrício participava ativamente do tráfico de drogas, atuando em parceria com um piloto.
Após as prisões, as autoridades o encaminharam à Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Por fim, autuaram os dois em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo e munição.
A PC-RR encontrou na posse dos sobrinhos 75 quilos de skunk, também chamada de “supermaconha”. Além da droga, também foram apreendidos armas como fuzis, revólveres e metralhadoras.
A Justiça soltou Antônio, mas ele continua sendo investigado por osse ilegal de munição.