Uma operação conjunta da Polícia Civil, com efetivos do Tocantins e de Goiás, cumpriu mandados de busca apreensão contra a organização criminosa que gerou prejuízos milionários aos cofres públicos. A ação aconteceu nesta quarta-feira (27).

No total, 14 mandados foram executados, sendo seis deles direcionados a pessoas físicas. Em Palmas, a operação foi conduzida pela Divisão Especializada de Repressão à Corrupção (DECOR).

Denominada Ato Falho, a operação teve como alvos o prefeiro de Iporá (GO), a Secretaria de Saúde do município, as cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Santo Antônio de Goiás, Iporá e Palmas (TO). 

O que dizem as investigações?

As investigações buscam esclarecer irregularidades em 37 procedimentos realizados pela Prefeitura de Iporá em 2021, que resultaram em contratos firmados com quatro empresas.

Segundo as apurações, os contratos foram realizados por meio de dispensas indevidas de licitações, orçamentos falsificados e simulações. Em alguns casos, produtos foram adquiridos com valores superfaturados em até 21.700%.

Além disso, foi identificado que as empresas envolvidas eram de fachada, registradas em nome de laranjas para ocultar os verdadeiros responsáveis e facilitar os esquemas fraudulentos. Estima-se que as ações tenham causado prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões aos cofres públicos.

O que foi achado?

Durante as buscas, a Polícia Civil encontrou e apreendeu itens e documentos que irão auxiliar no processo. Os itens serão anexados aos inquéritos policiais e poderão ajudar novas investigações sobre o assunto. Todo o material será enviado para o Estado do Goiás.

De acordo com o delegado Guilherme Rocha, da Polícia Civil de Goiás, o apoio da DECOR foi crucial para desarticular o grupo criminoso e prevenir novos casos de corrupção governamental.