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Família inteira é indiciada por homicídio qualificado em Ananás (TO)

As investigações indiciaram as três pessoas por homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menores - Foto -DICOM SSP TO

As investigações indiciaram as três pessoas por homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menores - Foto -DICOM SSP TO

A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) concluiu, nesta quinta-feira (5), o inquérito que investigava a morte de Rafael Oliveira, de 62 anos. O crime, que aconteceu dia 30 de novembro, foi praticado por três pessoas da mesma família.

As investigações indiciaram as três pessoas por homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menores. O crime aconteceu após Rafael Oliveira, portador de esquizofrenia, ter um surto psicótico e queimar alguns objetos em frente a uma panificadora dos autores do crime, na cidade de Ananás.

A Polícia Civil apontou a morte de Rafael Oliveira como uma vingança dos membros da família pelo surto psicótico.

O caso

Conforme apontado pela investigação, Rafael Oliveira teve um surto psicótico por volta da 1h da manhã, do dia 30 de novembro.

Sem ter autoconsciência ou compreender seus atos, o senhor pegou uma quantidade de óleo diesil e colocou fogo, em via pública, em alguns objetos que incluiam o tapete da panificadora.

A esposa do dono da panificadora, após o ocorrido, foi até a casa de sua mãe e de seu irmão para que fossem juntos punir Rafael Oliveira, que não tinha consciência de seus atos. O irmão, um adolescente de 16 anos, pegou uma cadeira de madeira na panificadora e se juntou ao cunhado, dono da propriedade.

Os dois perseguiram e atacaram o senhor, ambos armados com pedaços de madeira. Rafael Oliveira, que já apresentava queimaduras pelo corpo, foi brutalmente agredido, recebendo golpes na cabeça o que levou à sua morte.

Participação da mãe e filha no crime

Segundo a Polícia Civil, mãe e filha tiveram participação indireta na morte de Rafael Oliveira. A filha, esposa do dono da panificadora, além de acordar a mãe e o irmão para que participassem do ataque, também ficou vigiando a cena para alertar os familiares caso algum policial se aproximasse.

Além disso, a mulher sabia das intenções do filho menor de idade e fez nada para impedir que o adolescente ajudasse no assassinato do senhor. Ela, também, acolheu o menor após o crime, para que ficasse seguro.

Inicialmente, o caso era tratado como suicídio, devido às múltiplas queimaduras que a vítima ostentava pelo corpo. Ocorre que, após os exames necroscópicos e periciais realizados no corpo da vítima e também na cena do crime, apontaram para um crime de homicídio.

Conclusão

Após o final das investigações o caso foi encaminhado ao Poder Judiciário, para que os procedimentos legais sejam tomados. Para o delegado do caso, Carlos Eduardo, a apuração da Polícia Civil foi de extrema importância, dada crueldade do caso.

Ele assegurou que a “instituição promoverá as ações necessárias para o total elucidamento de todo e qualquer delito.”

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