Foi deflagrada, durante a manhã desta quinta-feira, 2, a Operação Nababo, pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado-GAECO, do Ministério Público do Amazonas (MPAM) que prendeu, até o momento, quatro pessoas envolvidas em um esquema de desvio de dinheiro do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Dentre os presos, foram identificados Erleson Corrêa Lima, de 28 anos, Jorge O. F. Ribeiro Neto, 33 anos, Alan Cardelli Oliveira, 26 anos e Samuel Ribeiro Neto, 28 anos. As prisões ocorreram no município de Parintins, a 369 km de Manaus.
De acordo com o delegado titular da 3° Delegacia de Parintins, Adilson Cunha, o esquema começava com desvios de recursos de autos processuais feitos por Erleson Corrêa.
“Ele trabalhava no Tribunal de Justiça em 2019, era terceirizado e com o apoio dos amigos e de funcionários desviava alguns valores chegando a mais de R$ 1 milhão de reais”.
Levantamentos preliminares do MPAM, relatam que houve emissão de alvarás indevidos em pelo menos 6 comarcas do Tribunal em municípios do Amazonas, com possíveis prejuízos acima de R$ 1,2 milhão.
Nota
Em nota, o MP disse que na operação foram cumpridos ao todo dez mandados de prisão temporária, além de medidas de busca e apreensão no interesse de coletar provas e, ainda, sequestro de bens e valores para reparar os prejuízos decorrentes das condutas criminosas sob investigação.
A Operação Nababo tem como finalidade reprimir a ação criminosa consistente na emissão fraudulenta de alvarás para saque de valores constantes de contas vinculadas a processos judiciais arquivados.
O nome
O nome da operação decorre da exposição, em redes sociais, de elevado padrão de vida e ostentação por parte do principal suspeito, incompatível com sua remuneração no Tribunal de Justiça, que não justificaria o estilo nababesco exposto publicamente.
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