Após confessar que matou o ex-namorado a facadas durante ato sexual em 2015 e ser condenada a 8 anos e quatro meses de prisão, Vânia Basílio Rocha, de 24 anos, ganhou o direito de deixar o presídio feminino de Vilhena, a 706 Km de Porto Velho.
Vânia chegou a ser condenada a 13 anos de prisão, mas a pena foi reduzida depois de recurso da defesa.
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Ela ficou mais de 6 anos no regime fechado e a nova progressão foi concedida a um ano e meio do fim da pena, o que, segundo a justiça, contabiliza mais de 81% da pena cumprida em regime fechado.
Vânia passou a usar tornozeleira eletrônica e está sob a tutela da mãe.
A decisão da Justiça considerou que a criminosa não tinha faltas disciplinares ou incidentes pendentes.
Por Vânia já ter sido considerada sociopata em laudos, a Justiça também determinou que a reeducanda mantenha o tratamento médico psiquiátrico e também psicológico, enquanto estiver fora do presídio, assim como a utilização regular dos medicamentos específicos.
Em um laudo pericial feito antes da detenta ser liberada, foi atestado que Vânia tem total capacidade de entendimento. O documento também atesta que a detenta compreende clara a necessidade de cumprir as condições e recomendações consignadas para o benefício da progressão, sob pena de voltar ao regime fechado.
A Unidade Prisional Feminina de Vilhena deve fazer o monitoramento eletrônico de Vânia por 24 horas, através da tornozeleira, e que o eventual descumprimento acarretará na imediata regressão ao regime fechado.
Crime, condenação e casamento
No depoimento à polícia, em dezembro de 2015, Vânia falou detalhes do assassinato que chocou a cidade de Vilhena.
A acusada confessou ter matado Marcos Catanio Porto e revelou o desejo de matar alguém.
De acordo com Vânia, três nomes de possíveis vítimas foram colocados em uma lista: um amigo, um ‘ficante’ e o ex-namorado Marcos.
Marcos foi o escolhido. Ela então ligou para o ex alegando que queria se despedir, pois iria embora para outro estado. Vânia colocou uma faca de cozinha dentro de uma bolsa e foi para a casa da vítima, que havia aceitado receber a visita. No local, o casal foi para o quarto e, durante as preliminares sexuais, esfaqueou o ex-namorado.
Crédito: Reprodução – Marcos Porto
O irmão dele estava na casa, ouviu os gritos e ainda conseguiu quebrar a janela do quarto para tentar socorrer Marcos. Já era tarde.
Vânia ficoufoi para o banheiro até a chegada da polícia. A perícia no corpo de Marcos revelou que ele foi assassinado com 11 facadas.
Laudo realizado meses depois da prisão apontou que Vânia é sociopata. No júri, em setembro de 2016, a acusada demonstrou fúria ao ouvir a sentença.
Em 2019, Vânia conseguiu autorização judicial para casar. Na cerimônia, ela usou o uniforme prisional para dizer “sim” ao noivo, que também era presidiário.
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