Um vendedor ambulante, identificado como Gerlan Batista de Souza, de 38 anos, é suspeito da morte do palhaço ‘Creme de Leite’, Hilton Costa, de 46 anos, em um bar no bairro Alvorada, no último dia 26 de março.

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Segundo a delegada Marília Campelo, no dia do homicídio Gerlan tentou vender balas de mangarataia para Hilton e os amigos no bar, porém, o palhaço recusou e eles acabaram discutindo.

Indignado por ser expulso pela vítima, Gerlan deixou o local, mas premeditou a morte do palhaço como forma de vingança.

Ele trocou de roupa no banheiro de outro estabelecimento e começou a pedir uma faca nas lanchonetes da região para voltar e tirar a vida de Hilton.

“Ele sai do local, tem tempo para pensar (…) troca a camisa por uma camisa de manga longa porque ele tem tatuagem e não quer ser reconhecido, troca também de calça. Ele tenta inclusive empenhar a carteira dele em uma lanchonete em troca de uma faca, mas os atendentes negaram. Na segunda lanchonete ele se apresentou como artesão, precisava de uma faca rapidamente, pegou uma faca de mesa, voltou e sorrateiramente ele desfere esses golpes nas costas da vítima”, descreve a delegada.

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Morte do palhaço premeditada

Marília ressalta que além de ter cometido o crime de forma fria e premeditada, Gerlan não demonstrou nenhum arrependimento pela morte do palhaço.

“É um crime premeditado e que ele não demonstra qualquer arrependimento. Ele fala que desde o momento em que Hilton pede para ele se retirar do local, naquele momento ele decidiu que o mataria”, enfatiza.

Para justificar o crime, o acusado fala que teria levado um tapa de Hilton, mas as sete testemunhas ouvidas negaram a agressão.

“Ele fala nesse tapa, foram ouvidas cerca de seis, sete testemunhas oculares do crime, nenhuma delas fala em tapa. Falam de uma discussão que o Hilton disse para ele: Vai pra lá que ninguém quer comprar nada (…) destaca Marília.

Gerlan foi preso nessa quarta-feira (4), no calçadão da Ponta Negra. Ele é ambulante e segundo o próprio, mora na rua.

Gerlan Batista já tem diversas passagens por roubo, pela Lei Maria da Penha e violência doméstica.

O suspeito também usava uma tornozeleira eletrônica que ele mesmo rompeu.

Ele vai responder por homicídio qualificado, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.