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GO: Médico suspeito de dar superdosagem a jovem diz que ela tentou se matar

Médico suspeito de dar superdosagem a jovem diz que ela tentou se matar

Defesa de jovem diz que Murilo inventou uma quantidade de medicamentos - Foto: Reprodução/ Facebook @murilocosta.filho

O médico Murillo Dell, suspeito de dar superdosagem de remédios para a estudante Vitória Queiroz, 21 anos, alegou que a jovem tentou se matar.

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O delegado do caso, Leonardo Sanches, contesta a versão devido às apurações do caso, que terminou na morte de Vitória.

“Ele inventou uma quantidade de medicamentos, porque ninguém sabe disso [um número exato de comprimidos]. Ninguém falou isso. Isso tudo foi para fugir da responsabilidade, foi premeditado”, explicou o delegado.

Ficha médica

Murilo prescreveu que a jovem teria tomado 120 comprimidos.

Leonardo disse, entretanto, uma quantidade e usou o nome dos remédios da própria ficha da Vitória.

“Único remédio que ela tinha tomado foi em uma clínica de Anápolis, mas ela continuou nervosa e a mãe avisou ao médico”, explicou Jales Gregório, advogado da família da jovem.

Caso

Segundo a família, a estudante se dirigiu até o Hospital Municipal de Silvânia com crise de ansiedade, no dia 3 de julho.

A partir disso, o médico prescreveu medicamentos contra indicados ao quadro clínico, que foram fentanila e midazolam.

“Eram medicamentos com a finalidade de entubação. Normalmente utilizam para entubação 1 a 1.2 microgramas de um dos remédios, por peso. Ela teria que tomar 50 microgramas, mas foram aplicadas 4 ampolas de 10 miligramas, 2 mil microgramas”, explicou o advogado Jales Gregório.

Os profissionais envolvidos no caso foram afastadas na quarta-feira (9), após a Polícia Civil dar início a “Operação Paracelso”.

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Superdosagem

Após a superdosagem, ainda no dia 3, Vitória foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ao Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap).

No caminho para a UPA, mais doses dos remédios foram aplicadas, disse o advogado.

No dia 5 de julho, Vitória foi para o Hmap. Lá, foi declarado óbito no dia 9 de julho.

Foi, então, confirmada a morte cerebral, segundo Jales.

“Esses remédios rebaixam o sistema respiratório. Coincidentemente a causa da morte foi essa parada cardiorrespiratória, que causou a morte encefálica”, completou.

A família aguarda o laudo toxicológico da morte de Vitória.

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