Segundo uma investigação da Polícia Federal, médicos que atuam no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Porto Alegre, registravam o ponto para controle de presença, mas sairiam da unidade para outras atividades.

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Deflagrada nesta terça-feira (28), a Operação Hipócrates apura os possíveis crimes de peculato, falsidade ideológica e estelionato realizados por esses profissionais.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em hospitais, clínicas e consultórios na cidade.

Esquema

As investigações foram iniciadas após denúncia anônima de que dez médicos concursados do hospital, com salários que variam entre R$ 14 e R$ 31 mil reais, registrariam o início da jornada de trabalho e sairiam do hospital para outras atividades.

Essas atividades seriam, principalmente, o atendimento em clínicas particulares e outros hospitais.

Após o “expediente realizado”, eles retornariam para fecharem o ponto, dando a entender que lá haviam permanecido durante todo o período.

Durante seis meses, a Polícia Federal realizou diligências que confirmaram a prática pelos suspeitos.

A fraude, além de trazer prejuízos financeiros ao HNSC, que não recebe a prestação do serviço contratado, também vitimiza os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que conta com menos médicos efetivamente trabalhando do que aqueles constantes em seus registros e folha de pagamento.

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