Uma denúncia feita pela Procuradoria da República na Bahia foi aceita pela Justiça Federal, o que resultou em 28 pessoas no banco dos réus por associação com facções.
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A acusação envolve tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e organização criminosa transnacional.
Eles vão responder a uma ação penal e, se forem condenados, podem pegar até 34 anos de prisão.
Foi revelado um poderoso esquema de tráfico internacional de armas para abastecer facções criminosas como o Comando Vermelho (CV), do Rio, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.
Além do volume de réus, a denúncia narra a movimentação de R$ 1,2 bilhão em três anos. A quadrilha teria importado 43 mil armas no período.
A empresa International Auto Supply S.A. (IAS-PY), sediada em Assunção, no Paraguai, está no centro das operações e era por meio dela, segundo a denúncia, que a quadrilha importava os armamentos.
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Investigação
A investigação iniciou em novembro de 2020 na esteira de uma apreensão de armas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Vitória da Conquista, na Bahia.
Com o avançar do inquérito, as autoridades se deram conta de que estavam diante de uma organização criminosa com conexões na América Latina e na Europa.
A PF, então, descobriu um suposto aliado do PCC na Procuradoria-Geral da República (PGR): o analista processual Wagner Vinicius de Oliveira Miranda, lotado na PGR, tinha acesso livre a sistemas e dados internos. Ele foi afastado do cargo e está sendo investigado.