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‘Assinantes’: quadrilha vende dados sobre autoridades a facções

'Assinantes' quadrilha vende dados sobre autoridades a facções

As penas para o crime de invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores e organização criminosa podem chegar a 23 anos de reclusão - Foto: Reprodução/ PF

Durante operação da Polícia Federal nessa quarta-feira (31), foi apontando que uma quadrilha vendia dados de autoridades a facções do crime organizado de vários estados.

Os dados confidenciais de agentes públicos teriam sido acessados por meio de invasão de bancos de dados de sistemas federais.

Segundo a PF, a quadrilha montou um painel de informações que contava com ao menos dez mil ‘assinantes’. A média de consultas mensais às informações pessoais roubadas era de dez milhões.

Dentre os usuários, foi possível identificar até integrantes das forças de segurança.

Batizada ‘I-Fraude’, a ofensiva cumpriu mandados em São Paulo (3), Pernambuco (1), Rondônia (2), Minas (4) e Alagoas (1).

A operação foi autorizada pela 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que ainda impôs medidas cautelares alternativas à prisão aos investigados.

Investigação

A apuração mira supostos crimes de invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a PF, as investigações tiveram início após a identificação da invasão de banco de dados de sistemas federais, os quais continham informações pessoais de milhares de cidadãos.

A quadrilha sob suspeita vendia acesso a um painel de consulta com as informações de ‘inúmeras autoridades e pessoas publicamente conhecidas’. O serviço era divulgado nas redes sociais.

Os investigadores apontam que os alvos da operação comercializavam planos de mensalidades, conforme o número de consultas que seriam realizadas no banco de dados.

Entre os usuários estavam integrantes de facções criminosas e membros de forças de segurança, os quais acessavam o painel gratuitamente.

No entanto, em troca do acesso, o servidor precisava enviar à quadrilha uma foto de sua carteira funcional.

Assim, os investigados conseguiram um cadastro com foto de milhares de servidores da segurança pública, também fornecendo esses dados na plataforma ilegal.

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