O Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins anunciou, neste domingo (4), o encerramento das buscas pelo adolescente indígena Bruno Karajá, desaparecido desde o dia 21 de janeiro.
Desde o último avistamento, as equipes utilizaram drones para mapear a região aérea e seguiram pistas por terra, incluindo pegadas relatadas pelos indígenas na área da aldeia Utaria, na Ilha do Bananal, região Sul do Tocantins.
Nesta segunda-feira (5), às 11h30, representantes das equipes de busca se reunirão na sede do Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins para relatar, avaliar e agradecer a participação na missão, encerrando oficialmente as operações de busca pelo adolescente Bruno Karajá.
Detalhes da operação
A operação que durou 14 dias envolveu esforços conjuntos de diversos órgãos, incluindo Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso, IBAMA, Centro Integrado de Operações Aéreas do Estado do Mato Grosso (CIOPAER-MT), Grupamento Aéreo da Polícia Militar do Tocantins (GRAER-TO), Polícia Militar do Estado do Tocantins, Centro Integrado de Operações Aéreas do Tocantins (CIOPAER-TO), e Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
Na última semana, representantes de equipes de busca do Tocantins e de Mato Grosso se reuniram com indígenas da aldeia Kutaria, vizinha ao local do desaparecimento, buscando novas informações.
As equipes realizaram buscas intensivas nas áreas de mata próxima à aldeia e percorreram trilhas, contando com o apoio de cães farejadores.
Últimos dias de busca
No encerramento das operações, realizado no sábado (4), mais de 23 agentes de diferentes estados, incluindo Tocantins, Mato Grosso, Ibama e SEPOT, estiveram diretamente envolvidos nas buscas.
A equipe contou com quatro cães de busca, drones que sobrevoaram mais de 220 hectares de área, e percorreu mais de 120 km por militar nas áreas de busca em 14 dias.
A busca incluiu varreduras em uma extensão de mais de 2.5 km, além de navegação de mais de 40 km nas margens do Rio Araguaia.
Duas áreas de interesse, abrangendo as comunidades indígenas Aldeia Macaúba (com área total de 1261 ha) e Aldeia Utaria (com área total de 322 ha), foram meticulosamente exploradas, respeitando as leis e costumes culturais das comunidades.
Em um esforço para mostrar à comunidade o trabalho realizado, foi feita uma apresentação com vídeos e imagens, destacando as operações e os recursos empregados.
A comunidade, familiares e membros envolvidos foram informados dos detalhes da busca, incluindo buscas noturnas com câmeras térmicas.