Uma base de apoio está sendo preparada em Kayana, na Terra Yanoami, pelas Forças Armadas para combater as ações de garimpo ilegal na região.
O início dos trabalhos foi divulgado nesta sexta-feira, 26, pelo Comando Conjunto Catrimani II.
A construção da base na Terra Yanomami começou em abril e faz parte da Operação Catrimani ll, que está sob coordenação do Ministério da Defesa.
A montagem da base ficou a cargo do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), subordinado à 1ª Brigada de Infantaria de Selva.
Estrutura montada na Terra Yanomami
As estruturas montadas na Terra Yanomami têm capacidade para:
- alojamento;
- área de alimentação;
- controle das operações;
- custódia temporária de detidos.
Além disso, os locais possuem energia elétrica e transmissão de dados.
Segundo o Coronel Roberto Sousa, coordenador logístico da atividade, em apenas 10 dias, foi montada uma base com capacidade para 45 ocupantes.
“Houve grande esforço para se estabelecer, em curto período de tempo, uma base com capacidade operacional em meio à selva amazônica a mais de 200 km de Boa Vista. Em apenas 10 dias, conseguimos desdobrar uma base com capacidade para 45 ocupantes” disse.
57 militares foram envolvidos na montagem das estruturas. Embora a construção seja de responsabilidade das Forças Armadas, a base será mantida pelas Forças de Segurança.
Transporte de cargas e militares
O transporte de cargas e militares para a região da Terra Yanomami foi realizada por combinações de meios, isso porque comboios só conseguem chegar até a metade do caminho, enquanto as aeronaves de asa fixa não conseguem pousar na área.
Por meio terrestre, um comboio foi formado por viaturas da 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª Bda Inf Sl).
Já por via aérea, foi empregado em apoio à missão o uso de helicópteros da Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB) e Força Aérea Brasileira (FAB).
Ao todo, foram transportadas cerca de 19 toneladas, entre material de apoio, combustível e insumos para Kayana, na Terra Yanomami.
“Os maiores desafios são as grandes distâncias a serem percorridas sobre a densa mata do território indígena Yanomami. Os locais para pouso alternativo em caso de necessidade são afastados, o que requer atenção redobrada ao planejamento e à condução do voo. Além disso, a meteorologia da região nessa época do ano é instável, com surgimento de formações chuvosas durante todo o dia”, declarou o piloto da aeronave UH-15, da MB, Capitão de Corveta Walter Vinicius Antunes Dias.