A Polícia Civil do Amazonas anunciou que a operação “Loki”, que investiga a empresa “Solução Financeira”, resultou nas prisões de nove pessoas na quarta-feira (15), incluindo seis em Manaus.
Os proprietários da empresa investigada são Daniella Weiber e Thiago Aldo, detidos em Cascavel, no Paraná. Para a advogada de defesa, no entanto, não há processo criminal em andamento e as prisões são ilegais.
“O que é possível falar é que se investiga uma suposta prática de estelionato. Não existe processo, tudo está em fase de inquérito, investigação, tudo está em andamento ainda. Não há o que se falar ainda em prática de estelionato”, afirma Liliane Almeida.
Solução Financeira: investigações e prisões
Segundo a polícia, as investigações começaram há cerca de dois meses. Os fatos indicam que a Solução Financeira atraía vítimas com falsas promessas de reduzir as dívidas bancárias em até 70%. No entanto, o grupo fingia realizar as operações bancárias, mas ficava com o dinheiro.
Três pessoas que denunciaram o caso à polícia relataram que tiveram seus veículos pessoais apreendidos pelos bancos devido à manutenção das dívidas. De acordo com o delegado Mauro Duarte, do 30º Distrito Integrado de Polícia (DIP), as pessoas depositavam entre R$ 4 mil e R$ 20 mil na esperança de quitar os vencimentos.
“O motivo que teria justificado o pedido de prisão das pessoas que foram presas aqui em Manaus era simplesmente para ouvir os supostos acusados. O que na minha opinião não se justifica, porque uma simples intimação resolveria essas possíveis diligências, uma vez que essa prisão se torna ilegal”, completa a advogada.
Os donos e funcionários da empresa respondem, segundo a PC-AM, pelos crimes de estelionato, associação criminosa, sonegação fiscal, não fornecimento de nota fiscal de serviço e lavagem de dinheiro.