O caso Djidja segue com desdobramento e, nesta segunda-feira (3), o médico veterinário Sávio Soares Pereira, presta depoimento no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), conforme informou o delegado Cícero Túlio, responsável pela Operação Mandrágora.

Ele é dono clínica MaxVet, no bairro Redenção, foi alvo de busca e apreensão pela polícia na última sexta-feira (31), suspeito de vender ketamina para a família da ex-sinhazinha.

De acordo com o Ministério Público do Estado do Amazonas, o pai de uma das vítimas da “Seita: Pai, Mãe e Vida” relatou que o grupo criminoso obtinha o fármaco na MaxVet sem os devidos controles.

A clínica, localizada na Rua Campo Grande, supostamente armazenava e distribuía o anestésico sem seguir as exigências legais.

Apreensão

Durante buscas realizadas na tarde de quinta-feira (30) e na manhã de sexta-feira (31), foram apreendidas centenas de seringas, produtos destinados a acesso venoso, agulhas e ketamina foram apreendidos. Além disso, também foram apreendidos aparelhos celulares, documentos e computadores na residência da família e no salão de beleza e em uma clínica veterinária.

Os presos foram identificados como Ademar Farias Cardoso Neto, 29 anos, e sua mãe Cleusimar Cardoso Rodrigues, 53 anos, que são os fundadores da seita intitulada “Pai, Mãe, Vida”, além de serem proprietários de uma rede de salões de beleza em Manaus.

Também foram presas Verônica da Costa Seixas, 30, anos e Claudiele Santos da Silva, 33, funcionárias do estabelecimento. Elas eram responsáveis por induzir outros colaboradores e pessoas próximas à família a se associarem à seita, onde drogas de uso veterinário eram utilizadas.

CRMV se pronuncia sobre caso Djidja

Em nota, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV/AM) informou que está atento aos últimos acontecimentos envolvendo a venda irregular de ketamina, assim como a comercialização de medicamentos de uso veterinário falsos.

“A função do CRMV/AM é fiscalizar a atividade profissional de médicos veterinários e zootecnistas. Dessa maneira, o CRMV/AM, dentre outras funções, busca colaborar com os demais órgãos competentes nas atividades irregulares que envolvam os profissionais registrados e, nesse momento, se mobiliza para ajudar nas investigações”, diz trecho da nota.

Ainda de acordo com o órgão, houve recentemente uma operação que resultou na prisão de um homem que vendia remédios veterinários falsos. O caso aconteceu na última quarta-feira (29), em Manaus.

“As caixas dos medicamentos tinham a logomarca deste Conselho sem autorização, além de também conter informações inverídicas sobre lote, fabricante e até mesmo sobre orientações de uso. A investigação da polícia apontou que o produto chegou a ser distribuído no interior do Estado: em Manacapuru, Iranduba e Presidente Figueiredo”, destaca o comunicado.

Segundo o CRMV/AM, está sempre à disposição de toda a população para garantir o bom exercício da medicina veterinária.