Uma das advogadas da família de Djidja afirmou que a ex-Sinhazinha estaria viva se a operação policial fosse deflagrada há algumas semanas antes. Nauzila Campos criticou, em coletiva no domingo (2), a operação do delegado Cícero Túlio.
A representante da família disse que “reconhece a função social da operação”, no que tange a “captação dos fornecedores de droga”. Apesar disso, questiona o paradeiro do dono da clínica veterinária, levantada como distribuidora da Ketamina.
“Cadê o dono dessa clínica veterinária que não foi preso até agora? A resposta é fácil: não vende. É mais fácil falar de “Jesus”, “Maria Madalena”, do que simplesmente mandar prender o dono da clínica veterinária que, de fato, fornecia esses medicamentos perigosíssimos”, disse.
Nauzila Campos menciona “Jesus” e “Maria Madalena” em referência a trechos do inquérito, onde afirmam que os indiciados acreditavam serem os personagens religiosos. Segundo o documento, Ademar se identificava como Jesus e Cleusimar como Maria, enquanto Djidja como Maria Madalena.
Além disso, outra advogada da família nega a existência de uma “seita“, como é apresentado pela tese de investigação. Lidiane Roque disse que foi testemunha ocular do caso e a família, sob efeito das drogas, acreditava fazer parte de um grupo religioso.
Seita e “Cartas para Cristo”
O inquérito policial mencionou a existência de uma suposta seita denominada “Pai, Mãe, Vida”. Segundo o documento, a seita estaria envolvida no tráfico de drogas sintéticas de uso veterinário e na administração forçada dessas substâncias aos seus membros.
A advogada ainda comentou sobre o livro “Cartas para Cristo”, apresentado pelo irmão de Djidja durante o momento da prisão. Ademar destacou, em contato com a imprensa, a literatura inglesa: “Ouçam Cartas para Cristo no YouTube”, disse.
Além disso, Lidiane Roque também negou a existência de “rituais satânicos”, bem como o envolvimento de animais. Recentemente, imagens de cobras sendo estranguladas e inalando supostamente fumaça de maconha foram compartilhadas no perfil deputada estadual Joana Darc (União Brasil).