A família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, está sob investigação do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) de Manaus por suspeita de planejar a abertura de uma clínica veterinária para facilitar a aquisição de cetamina, substância veterinária usada como droga recreativa em doses elevadas.
“As conversas obtidas após a quebra de sigilo de dados telemáticos revelam que o grupo familiar, associado à seita [Pai, Mãe, Vida], tinha a intenção de abrir uma clínica veterinária para facilitar a compra dessa substância”, declarou o delegado titular do 1º DIP, Cícero Túlio.
O CNPJ de um dos salões de Djidja, localizado na zona Norte de Manaus, indica que o estabelecimento está registrado para “atividades adicionais de serviços veterinários, venda de animais e produtos para pets”.
As autoridades também investigam se o salão estava sendo utilizado para a compra de cetamina.
Caso Djidja
O caso Djidja Cardoso envolve uma série de eventos trágicos e criminais em torno da ex-sinhazinha do Boi Garantido, encontrada morta em sua casa em Manaus. Djidja, que tinha 32 anos, era uma figura conhecida no Festival Folclórico de Parintins.
As investigações revelaram a existência de uma seita familiar liderada por sua mãe, Cleusimar Cardoso, e seu irmão, Ademar Cardoso, onde o uso de cetamina era incentivado.
Djidja morreu no final de maio de 2024, e a polícia suspeita que a causa tenha sido uma overdose de cetamina, um anestésico veterinário com propriedades alucinógenas.
A mãe e o irmão de Djidja foram presos sob acusações de tráfico de drogas, associação para o tráfico e, no caso de Ademar, também de estupro.
A investigação revelou que a seita utilizava drogas veterinárias em rituais que supostamente proporcionariam uma “purificação” aos participantes.
O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) indicou que Djidja sofreu um edema cerebral, o que afetou seu coração e sua respiração.