O motorista de aplicativo, Fabiano Oliveira, de 45 anos, foi morto dentro da própria casa na capital amazonense, no domingo (30). A família sofre com a dor da perda da vítima e denuncia que ele foi assassinado por engano. 

Conforme familiares do motorista de aplicativo, policiais da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) estavam em busca de criminosos, quando os agentes invadiram a casa de Fabiano na rua Manjerona, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus. 

No entanto, os tiros acertaram o Fabiano, que não resistiu aos ferimentos e morreu. Além dele, outros dois homens também foram baleados, mas sobreviveram. A ação resultou na prisão de cinco pessoas e na apreensão de armas.  

Denúncia da família 

Vítima atuava como motorista em Manaus – Foto: Aquivo pessoal

Familiares denunciam que um criminoso invadiu a casa de Fabiano. Logo em seguida, os policiais também invadiram a casa do trabalhador sem mandado expedido pela Justiça.  

“Eles [policiais] entram e não querem saber se é trabalhador, se é de bem. Não querem saber de nada. Eles entram atirando em qualquer pessoa. O meu irmão tinha 45 anos e era motorista de aplicativo e estava na casa dele”, afirmou indignada a irmã de Fabiano. 

Uma parente da vítima que não quis se identificar, por medo de ser perseguida, afirmou que havia somente um assaltante que entrou na casa de Fabiano. Ela defende que não existia facção nas redondezas e que não houve tiroteio.  

Ela também alega que vítima estava dormindo e acordou assim que percebeu a invasão na casa. Ao tentar fugir para o banheiro, Fabiano foi baleado nas costas pela polícia. A família pede justiça.  

“Eu estou indignada porque eles [polícia] não têm a capacidade, o treinamento e potencial para fazer isso [ação policial]. Em vez de atirar na perna, foram atirando para matar”, disse a familiar inconformada.  

Rocam 

De acordo com a Rocam, a ação policial iniciou a partir de uma denúncia anônima, a qual alega que bandidos armados estariam na casa de Fabiano.  A polícia afirma que foi recebida a tiros na porta da residência e por isso iniciou a troca de tiros.  

“A instituição atua para garantir a segurança da população. Qualquer ataque e perigo iminente à vida dos policiais militares e do cidadão terá uma resposta das equipes”, afirma a Polícia Militar em nota.  

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