A mãe de uma menina de oito anos flagrou o marido com a filha nua deitada na cama. A criança era constantemente estuprada pelo padrasto, 37 anos, para ter permissão de brincar, segundo relatou para a Polícia Civil do Amazonas (PMAM).
O crime aconteceu diversas vezes na casa onde a criança morava com a mãe, os irmãos e o acusado no bairro Zumbi, na zona leste de Manaus. O homem que trabalhava como industriário foi preso no serviço nesta segunda-feira (5).
De acordo com a delegada Juliana Tuma, a esposa do homem e mãe da vítima, acordou durante a madrugada e não encontrou nem o homem e nem a criança no quarto. Ela se levantou para procurar os dois e estranhou ver a porta do segundo quarto fechada.
“Ela abriu a porta de um dos cômodos da casa e essa criança de oito anos de idade, com compleição física bem pequena, estava deitada na cama totalmente despida e o suspeito deitado ao lado em situação constrangedora”, disse a delegada.
Mãe confrontou o marido
Mesmo com a cena constrangedora, a mãe da vítima confrontou o esposo que fugiu da residência. A mulher levou a filha à delegacia. Inicialmente, a menina negou o estupro, mas durante uma escuta especializada, revelou os abusos que era obrigada a sofrer.
“Ela contou que já tinha sido abusada pelo suspeito outras vezes, inclusive o suspeito dizia que não deixaria ela brincar se ela não fizesse aquilo com ele”, diz a delegada.
A delegada conta ainda que mesmo sendo abusada, a menina ainda ficou com pena do padrasto e se sentiu culpada, uma vez que a mãe tem outros dois filhos com o acusado.
“A gente via na criança um sentimento de culpa, ela dizia: ‘O tio não vai mais morar com a gente’. E isso é muito típico do abuso sexual, a criança vítima se sente culpada por uma desestrutura familiar, uma culpa que não cabe a ela”, informou.
Criança foi abusada diversas vezes
Depois de passar com a psicóloga especialista em casos de abuso sexual infantil, a criança revelou que foi estuprada cerca de 10 vezes pelo padrasto.
Depois de expedido o mandado de prisão, o homem foi detido no ambiente de trabalho. Ele negou os abusos sexuais e disse que a menina estava nua porque tinha acabado de tomar banho.
O padrasto segue à disposição da Justiça do Estado do Amazonas (TJAM).
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