Uma nova investigação da Polícia Civil de São Paulo revela que um esquema ilícito conhecido como “Banco do Crime” estava envolvido no financiamento de políticos com recursos provenientes do Primeiro Comando da Capital (PCC). 

Segundo informações divulgadas pela polícia, esse esquema criminoso operava de forma sofisticada para direcionar dinheiro do tráfico de drogas para campanhas eleitorais e influência política.

Conforme informações da polícia, cerca de R$ 8 bilhões teriam sido movimentados por 19 empresas para financiar candidaturas políticas em cidades e Estados.

Como funcionava o “Banco do Crime”?

O “Banco do Crime” era um mecanismo complexo criado pelo PCC para lavar dinheiro e expandir sua influência política. O esquema funcionava como uma rede financeira clandestina que recebia grandes quantias obtidas com atividades ilícitas, especialmente o tráfico de drogas. 

O 4TBank, banco central dessa operação, oferecia serviços a pessoas físicas e era uma das principais ferramentas para a lavagem de dinheiro. A instituição, sem autorização do Banco Central para operar, movimentou quase R$ 100 milhões em saques e dinheiro em espécie nos últimos 5 anos, só no CNPJ registrado em Mogi das Cruzes.

Esses fundos eram então redistribuídos para apoiar campanhas políticas e fortalecer a presença de candidatos simpáticos ao grupo criminoso.

Detalhes da Operação Policial

A operação policial revelou que o esquema envolvia uma série de transações financeiras ocultas e estruturas empresariais fachadas. O dinheiro do PCC era cuidadosamente disfarçado mediante empresas de fachada, doações dissimuladas e outros métodos para evitar o rastreamento pelas autoridades. 

As investigações apontaram para uma série de políticos que receberam financiamento ilícito, o que levanta questões graves sobre a integridade e a transparência do processo eleitoral.

Dentre as empresas envolvidas, destaca-se um banco similar a uma fintech, com sede em Mogi das Cruzes.

O delegado Fabrício Intelizano, responsável pela investigação, afirmou que a instituição foi criada por integrantes do PCC para lavar dinheiro de atividades ilícitas e financiar candidaturas políticas.

Teste público das urnas

O Teste Público de Segurança (TPS) é parte de cada ciclo eleitoral. Em anos não eleitorais, um edital é aberto para permitir que interessados examinem os códigos-fonte. Eles são responsáveis por conduzir ataques para identificar vulnerabilidades no sistema de votação eletrônica.



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*Com informações da UOL