O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou, na manhã desta sexta-feira (6), que a família de Genivaldo de Jesus Santos seja devidamente indenizada.

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Dino publicou, em suas redes sociais, que a determinação foi enviada ao secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira.

A reportagem do Portal Norte pediu um posicionamento da PRF sobre a decisão de Dino, mas ainda não há resposta.

Relembre o caso Genivaldo

O caso ocorreu no município de Umbaúba, no sul do estado de Sergipe, em maio de 2022.

Genivaldo de Jesus, que tinha esquizofrenia, foi morto e torturado em abordagem policial brutal feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O homem, de 38 anos, foi parado pela PRF por não usar capacete ao dirigir a motocicleta.

Depois foi agredido e preso dentro do porta-mala de uma viatura da PRF tomada por gás de pimenta e gás lacrimogêneo.

Genivaldo ficou mais de 11 minutos exposto aos gases tóxicos.

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Segundo o Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, ele morreu de asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.

O sobrinho da vítima, Wallison de Jesus, que estava no local, afirmou que avisou aos policiais que o tio tinha transtornos mentais.

Após três meses da morte de Genivaldo, a família ainda foi notificada com quatro multas de trânsito.

A autuação seria pelo fato dele estar sem capacete, sem habilitação e de sandálias. O valor total era de R$ 1,8 mil.

Um pedido de desculpa ou ajuda para pagar o velório não foram ofertados pela PRF. Genivaldo deixou esposa, um filho de sete anos e um enteado de 18 anos.

Em outubro, os três policiais envolvidos na ação foram presos, além de serem denunciados pelos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado.