Dilemar Cardoso Carlos da Silva era conhecida como Djidja Cardoso, tinha 32 anos e foi sinhazinha do Boi Garantido no Festival de Parintins entre 2016 e 2020.

Na manhã de terça-feira (28), a família encontrou Djidja morta em seu quarto.

Após a morte dela e denúncias, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) realizou a Operação Mandrágora para investigar a seita “Pai, Mãe, Vida”, liderada pela família da Sinhazinha.

Em entrevista na sexta, a PC-AM afirmou que a investigação já ocorria desde abril.

O caso denunciado por familiares de vítimas, diz que a seita força vítimas a usar a substância ketamina em rituais, além de cometer estupro.

Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, foi encontrada com drogas, inclusive nas partes íntimas, no momento da prisão, na quinta-feira (30).

Além dela, estão presos o filho Ademar Cardoso e dois funcionários da rede de salões de beleza da família.

Clínica veterinária vendia ketamina para família de Djidja - Foto: Reprodução/WhatsApp
Clínica veterinária vendia ketamina para família de Djidja – Foto: Reprodução/WhatsApp

A seita agia em parceria com uma clínica no bairro Redenção, Zona Centro-Oeste de Manaus.

O local fornecia ketamina e outras substâncias sem controle algum. A suspeita é que Djidja Cardoso pode ter morrido devido ao uso indiscriminado dessas substâncias.

Algumas vítimas ouvidas pela polícia relataram permanecer dopadas por dias, sendo forçadas a ficar nuas e impedidas de tomar banho ou se alimentar.

Uma delas relatou um aborto. Em buscas na residência, notou-se forte cheiro de podridão, disse a polícia.

A polícia também começou a investigar a morte da avó de Djidja.

Familiares suspeitam que o irmão dela, Ademar Cardoso, injetou ketamina na idosa de 83 anos após ela ter caído e reclamar de dores na bacia.

A polícia ainda investiga a utilização de animais como cobras em rituais da seita.