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Caso Djidja: Polícia revela rituais e crimes ligados à seita familiar

Família de Djidja obrigava pessoas a usarem ketamina em rituais - Foto: Reprodução/Instagram

Família de Djidja obrigava pessoas a usarem ketamina em rituais - Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil do Amazonas divulgou novos detalhes sobre o caso envolvendo a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido. As investigações revelaram uma série de práticas criminais e rituais associados à seita “Pai, Mãe, Vida”, liderada pela mãe e pelo irmão de Djidja.

Cleusimar Cardoso e Ademar Faria Cardoso Neto, mãe e irmão de Djidja, foram presos junto com Verônica da Costa, gerente da rede de salões de beleza Belle Femme. Os três tentavam fugir quando foram localizados na casa onde Djidja foi encontrada morta.

No local, a polícia apreendeu seringas, anestésicos, medicamentos de uso controlado e frascos de cetamina, além de computadores e uma mala. A defesa da família trabalha o caso como incapacidade mental devido o uso de drogas.

Rituais e crimes relacionados

Gabrielle Novo Candeira Nery, ex-companheira de Ademar e mãe de sua filha, revelou que Cleusimar exigia o uso de drogas como parte dos rituais da seita.

Gabrielle afirmou que Cleusimar considerava sua casa um “ambiente de purificação” onde os visitantes deveriam consumir cetamina e outras substâncias. Gabrielle também informou que Ademar a incentivava a usar essas drogas.

Familiares de Djidja Cardoso foram presos com vários anestésicos – Foto: João Gomes/GNC

A investigação identificou que a seita “Pai, Mãe, Vida” promovia o uso e a comercialização de cetamina em Manaus. A polícia apurou que o grupo aplicava a substância forçadamente em integrantes e obrigava os funcionários da Belle Femme a participar dos rituais.

As investigações apontam que algumas vítimas foram submetidas a violência sexual e aborto.

Prisão e buscas

Além de Cleusimar, Ademar e Verônica, Claudiele Santos da Silva, maquiadora no salão da família, se entregou à polícia acompanhada de um advogado. Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro da rede Belle Femme, se entregou à polícia.

A cetamina era adquirida ilegalmente em uma clínica veterinária na zona oeste de Manaus. A rede de salões de beleza da família era usada como ponto de distribuição da droga.

Clínica veterinária vendia ketamina para família de Djidja – Foto: Reprodução/WhatsApp

Ligação com a morte de Djidja

Djidja foi encontrada morta na manhã de terça-feira (28). Seu corpo passou por exame no Instituto Médico Legal (IML). A polícia ainda aguarda o resultado do exame necroscópico para determinar a causa da morte.

As investigações continuam para esclarecer a ligação entre as atividades da seita e a morte de Djidja.

Repercussão

A comunidade local e fãs do boi-bumbá Garantido expressaram choque e tristeza diante das revelações.

Nas redes sociais, muitos prestaram homenagens a Djidja e discutiram as práticas da seita. Os comentários variaram desde expressões de repúdio até mensagens de apoio às investigações. A imprensa nacional também tem repercutido o caso que chamou atenção do Brasil a cada desdobramento.

Boi Garantido se despende Djidja – Foto: Reprodução/Instagram/@euafurler_oficial
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