Durante seu depoimento na CPI da Pandemia, desta quinta-feira, 5, o empresário Airton Antonio Soligo negou atuação como “ministro de fato” na gestão do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. Sua função era de “facilitador” na relação entre a pasta, estados e municípios.

Conhecido também como Cascavel, afirma que antes de ser nomeado para o cargo de assessor, atuou extraoficialmente junto ao ministério. E disse ser um “interlocutor” do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

“Nunca houve um processo de terceirização de competência. Eu trabalhava na interlocução com prefeitos e secretários. Tinha ali uma relação de diálogo permanente da ponta, da base com o ministério. Era um facilitador”, alega o empresário.

Lembrando que Airton foi convidado por Teich, durante sua visita em Manaus, para trabalhar no Ministério da Saúde. Soligo permaneceu até 6 de maio de 2020. Já para ser assessor especial, segundo ele, foi referendo posteriormente pelo ex-ministro Eduardo Pazuello. Cascavel alegou que a nomeação só ocorreu em 24 de junho devido ao fechamento dos cartórios, o motivo que impediu de ser desvinculado da empresa dele.

Airton conheceu Pazuello na Operação Acolhida, criada para receber venezuelanos refugiados vindos de Roraima.