Airton Solito alegou durante a reunião na CPI da Pandemia nesta quinta-feira, 5, que esteve em Manaus e alertou os técnicos do Ministério da Saúde para o risco de recrudescimento da pandemia no início deste ano. O ex-assessor desenvolveu um plano para a pasta envolvendo o enfrentamento da covid-19 e enviou cerca de 90 respiradores para o estado.
Mas em uma parte da discussão o presidente da comissão, Omar Azziz (PSD-AM) lembrou, no entanto, que alguns equipamentos não foram usados porque não continha bombas de infusão. De acordo com ele, houve uma omissão do Ministério de Saúde na ajuda da saúde pública do Amazonas.
“Vocês todos cruzaram os braços. Aquela segunda onda que começa e tem falta de oxigênio poderia ter sido evitada. O grande problema foi a omissão. Com isso, tivemos o caos. Pelo recuo do lockdown. E quem fez esse recuo? Deputados bolsonaristas, o próprio presidente da República e o Ministério da Saúde, que não tinha autonomia”, disse Omar.
Cascavel ainda confirmou que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) esteve em reunião com o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para expor o prenúncio da crise de oxigênio no Amazonas. O parlamentar sugeriu uma série de medidas que poderiam ser tomadas, como a ampliação de leitos e o envio de insumos ao estado.
Airton esteve diversas vezes no estado do Amazonas, onde auxiliou o Ministério com reuniões organizadas entre secretários de Saúde e gestores de hospitais. Existiam diversos assessores que não passavam pela tomada de decisões.
“Queria diminuir minha importância em todas essas decisões. Eu não era o ministro da Saúde. Era um assessor e naquele momento tinham vários”, declarou.
O próprio empresário não tinha conhecimento sobre o aplicativo Tratecov, lançado em Manaus no dia 12 de janeiro, antes do colapso, desenvolvido pelo Ministério da Saúde.