O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o voto impresso durante motociata em Santa Catarina neste sábado, 7. Entre apoiadores, o líder do Executivo afirmou que eleição fora de contagem pública de votos “não é eleição”, e que “quem não é democrata não tem espaço no nosso Brasil”. Bolsonaro ainda criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Faremos tudo com eleições limpas, democráticas e contagem pública de votos. Eleição fora disso que eu falei, não é eleição. Há mais de um ano eu venho advertindo que temos que ter eleições limpas no Brasil. Quem não quer eleições limpas, pode ser tudo, mas não é democrata. E quem não é democrata não tem espaço no nosso Brasil”, afirmou.
Sobre os magistrados do Supremo, o presidente disse que eles não vão decidir o destino do país. E que quem tem legitimidade sobre o tema é ele e o Congresso: “Não vai ser um ou dois ministros do Supremo Tribunal Federal que vão decidir o destino de uma nação. Quem teve voto, quem tem legitimidade além do presidente é o Congresso Nacional”.
Bolsonaro ainda afirmou que o governo lutará “com todas as armas disponíveis” para que os votos deixem de ser contados “em uma sala secreta” pelo, “ladrão de nove dedos e seus amigos”. A apuração dos votos, no entanto, é feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem reiteradamente defendido a segurança no processo. O Tribunal também pediu que o presidente seja investigado por informações falsas sobre as urnas. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, acatou a solicitação.
Mais cedo, enquanto estava no trajeto das motocicletas, Bolsonaro declarou que o Brasil está “em risco na política”, e que há tentativa de se resolver temas “no tapetão”. “Agradeço ao povo brasileiro que reconhece o momento que o Brasil atravessa, reconhece o que está em risco na política. Querem no tapetão decidir as coisas no Brasil, isso não pode ser dessa maneira. A democracia nasce do voto responsável e contabilizado”, disse.
Apoiadores políticos do presidente, como os pastores Silas Malafaia e Magno Malta, além do senador Jorginho Mello (PL-SC) fizeram uma série de declarações a favor do governo. O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, também participou dos atos deste sábado em Florianópolis.
O presidente está desde sexta-feira, 6, no estado. Um outro ato é citado por ele no domingo, em Brasília.