Em seu depoimento na CPI da Pandemia desta terça-feira, 10, o coronel da reserva e presidente do Instituto Força Brasil (IFB), Helcio Bruno de Almeida, explicou que no dia 3 de março solicitou ao Ministério da Saúde audiência para saber como seria operacionalizada a participação do setor privado na agenda nacional de vacinação. Por conta disso, Helcio foi procurado pelo reverendo Amilton de Paula para falar sobre a Davati, sua alocação de doses de vacina e aventar a possibilidade de compartilhar as agendas ministeriais.
Após a reunião no Ministério da Saúde, o tenente-coronel não obteve mais contato com os representantes Cristiano Carvalho e Luiz Paulo Dominguetti.
“Por conta do agravamento da pandemia surgiu uma grande preocupação em relação à crise sanitária. Essa é a razão pela qual o IFB passou a defender a possibilidade de empresas e entidades privadas a passarem a participar do processo de imunização nacional”, disse Helcio.
O presidente da CPI, Omar Azziz (PSD-AM), lamentou que o coronel tenha participado da negociação de vacinas com intermediários.
“É que vossa Excelência, nas suas primeiras falas já demonstra que participou ativamente dessas conversações […] Não dá pra entender um homem tão experiente quanto o senhor ainda sentar-se sem pesquisar quem é a Davati, sem saber com quem se reúne, para tratar de um assunto tão sério, que é salvar vidas com a compra das vacinas”, rebate Omar.