Ícone do site Portal Norte

Ministro da CGU diz que senadora estava ‘descontrolada’, e sessão é suspensa após confusão

O clima na CPI da Covid esquentou nesta terça-feira, 21, após um bate boca envolvendo o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, que prestava depoimento, e a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Para acalmar os ânimos, o presidente da CPI suspendeu a sessão. Simonte sustentou que algumas irregularidades no contrato da vacina Covaxin foram descobertas não pela CGU, mas pela rádio CBN.

Também disse que o Brasil teve um procurador-geral da República engavetador, e que agora tem um controlador-geral da União que ‘passa o pano’. O ministro da CGU reagiu.

Rosário chamou a senadora de descontrolada, o suficiente para iniciar uma confusão na sala de depoimentos.

Durante a discussão, o senador Otto Alencar (PSD-BA) chamou o ministro da CGU de ‘moleque’, em seguida Aziz levantou e foi contido por assessores.

A senadora Leila Barros (Cidadania-DF) bateu boca com o senador Marcos Rogério (DEM-RO).

Em seguia, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão por 10 minutos, mas a confusão continuou.

Na volta da sessão, Omar Aziz prestou solidariedade a Simone Tebet e fez um pedido ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL):

“Eu peço a Renan Calheiros que o senhor Wagner Rosário passe de testemunha a investigado”, disse.

“Eu quero comunicar a todos que eu elevo à condição do senhor Wagner do Rosário para investigado desta CPI”, respondeu Renan.

Em seguida, Omar Aziz terminou a sessão. A CPI voltará a se reunir apenas na quarta-feira.

___________________________________

RELACIONADAS

+  VÍDEO: Jair Renan, filho 04, deverá ser denunciado pela CPI da Covid

+  Cúpula da CPI da Covid repudia comportamento do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia

+  CPI da Pandemia debate momento ideal para encerramento dos trabalhos

___________________________________

Antes, Renan e o ministro bateram boca quando o relator o comparou ao personagem ‘Fabiano’, do livro ‘Vidas Secas’, do escritor Graciliano Ramos.

“O depoimento que estamos vendo hoje me lembra um personagem saído da imaginação de um alagoano, o Fabiano, de Vidas Secas…”, disse o relator da CPI, sendo interrompido por Rosário.

“Pelo menos o respeito. Estou aqui sentado, vão vou ficar ouvindo comparações em relação a meu nome. Pelo amor de Deus. Quando abro a boca, sou advertido por estar faltando com o respeito. Agora, ele quer fazer comparação, me colocar em situação vexatória. O senhor tem que respeitar”, rebateu o ministro.

Após os ânimos se acalmarem, Renan retomou a comparação.

“Dentro de casa, Fabiano grita, xinga, bate na mulher, nos filhos e até na cachorra Baleia. Mas diante do patrão, fala fino, obedece, é puro servilismo e se borra de medo do soldado amarelo. Aqui, do capitão amarelo”, afirmou Renan, numa referência ao presidente Jair Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército.

“É assim. Para o desamparado, o estado e o município, ruge e rosna. Para o poderoso, mia e abana a calda”, concluiu o relator.

___________________________

ACESSE TAMBÉM

As mais lidas do dia

Relação extraconjugal e desvio de dinheiro motivaram morte do militar Lucas Ramon, diz polícia do AM

 

Dono de supermercado é suspeito da morte do sargento Lucas Ramon em cafeteria, no AM

 

Casal de empresários suspeitos de assassinar o Sargento Lucas Ramon se entrega na DEHS

 

Operação da polícia em Manaus busca suspeitos da morte de militar em cafeteria

 

VÍDEO: Irritado com o protesto, Queiroga faz gesto obsceno para brasileiros, em Nova York

Sair da versão mobile