Nesta quinta-feira, 7, o ex-médico da Prevent Senior, Walter Correa de Souza Neto afirmou durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que o plano de saúde não respeitava a autonomia médica.
Segundo ele, a empresa obrigava os profissionais de saúde a receitarem a pacientes com covid-19 remédios sem eficácia comprovada contra a doença.
Walter disse ainda, em oitiva, que ele e os colegas eram obrigados a trabalhar sem máscara de proteção contra o novo coronavírus.
“Eu tive que tirar a máscara e me expor ao risco. Eu não tinha o direito nem de me proteger. Eu acho que isso é o cúmulo da falta de autonomia”, disse aos senadores.
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O depoimento do médico contradiz o que foi relatado à CPI pelo diretor da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, segundo o qual os médicos do plano de saúde contavam com total autonomia profissional.
A Prevent Senior passou a ser investigada pela CPI após denúncias de uma série de irregularidades, que incluem a retirada da citação da covid-19 das certidões de óbito.
A estratégia teria como objetivo omitir a ineficácia dos remédios que os médicos eram obrigados a receitar.
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