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CPI Covid: ‘relatório será entregue nesta quarta com indiciamento de Bolsonaro por mais de 10 crimes’, diz Renan Calheiros

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB), confirmou nesta segunda-feira, 18, que o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid será entregue na quarta-feira.

Ele falou sobre o assunto durante entrevista à CNN Brasil. Inicialmente, a leitura do relatório final da comissão estava prevista para ocorrer nesta terça-feira, 19.

A data da votação do documento também foi alterada para a próxima terça-feira, 26. 

Renan disse que o relátorio “já está pronto há mais de dois meses; tem alguns aspectos que não mudaram, e outros mudaram com os novos depoimentos e prova”, alegou. 

Sobre os tipos de crimes que serão imputados ao presidente Jair Bolsonaro, Renan falou que no seu parecer haverá a menção de onze crimes.

“As minhas posições são públicas e defendidas a todo momento. Do meu ponto vista serão onze tipos penais escolhidos e não vai mudar, isso continua e não é novo. Tudo é público. Ele [Bolsonaro] poderá responder por homicídio porque não cumpriu o seu dever de não evitar mortes que eram evitáveis nesta pandemia. O código penal é luminar com relação a isso, que reluta em crime de homicídio por omissão”, declarou. 

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Um dos outros crimes que Bolsonaro poderá responder será o crime de epidemia.

“O Bolsonaro poderá fazer o que ele quiser. Mas ele será responsabilizado como qualquer outro. Esse é meu papel de relatoria da CPI”, comentou. 

Sobre a suspeita de desentendimento do relator com o G7, o grupo que está a frente da CPI, o relator negou que haja conflito e que não haverá retiradas, somente inclusão de nomes no relatório. 

“O G7 é composto por pessoas diferentes, mas que estiveram juntas até agora. Se houver alguma divergência será resolvido pela maioria”. 

Para o relator, será difícil retirar algum nome do inquérito, mas poderá ter a inclusão de novos nomes. 

“É difícil retirar algum nome, incluir é mais fácil. Quando você constata que um praticou o mesmo crime com relação a outra pessoa, não há como colocar um e não colocar o outro”, disse. 

Sobre o indiciamento de Flávio Bolsonaro, o relator falou que o senador poderá responder pelo crime de propagação de notícias falsas e por Advogacia Administrativa”.

“São dois fatos que compremetem ele [Flávio Bolsonaro] e outros na mesma condição, que é ser participante do grupo das fake news, as notícias falsas também matam. O outro crime que ele participou, foi a de *Advogacia Administrativa, pois o próprio Flávio declarou que levou Maximiliano, dono da Precisa ao BNDS”, finalizou.

*Advogacia Administrativa consiste em patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

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