O Grupo Norte de Comunicação tem entrevistado toda segunda e sexta-feira os pré-candidatos ao Governo do Amazonas e ao Senado Federal nas eleições de 2022. Nesta sexta-feira, 5, o entrevistado do dia no Programa Agora é o professor e advogado Luiz Castro, pré-candidato ao Senado.
Castro é filiado ao partido Rede, que tem como principal bandeira a sustentabilidade.
Luiz Castro, 63 anos, natural de São Paulo, já cumpriu 5 mandatos na Assembleia Legislativa do Amazonas, foi prefeito duas vezes no município de Envira e atualmente é consultor na Fundação Amazônia Sustentável – FAS – Programa Saúde na Floresta.
Segundo cientistas políticos, o principal desafio do pré-candidato ao Senado Federal é o fortalecimento do eleitorado no interior do Amazonas.
Especulações
Questionado sobre uma possível mudança de partido, Castro disse que tem uma relação muito positiva com a Rede, mas que o partido tem uma prioridade para candidatura de Deputado Federal.
“Ocorre que a Rede tem uma prioridade para candidatura a Deputado Federal e não para o Senado, então eu não me restrinjo a dialogar só com a Rede, estou dialogando com outros partidos. Tive um diálogo muito bom com o PDT, eu entendo que neste momento na conjuntura política do meu Estado e do meus pais, é importante que eu proponha meu nome como pré-candidato e possível futuro candidato ao Senado da República”, disse.
Governo Wilson Lima
Castro foi secretário estadual de Educação no governo Wilson Lima (PSC), em 2019. Questionado sobre se sua passagem pela atual gestão teria desgastado, de certa forma, sua imagem, ele explicou os motivos de sua saída do comando da Seduc.
“Eu tive um problema de saúde associado a uma denúncia infundada relacionada ao empresário Dantas. E naquele momento, eu entendi que deveria sair e não aproveitar o cargo para me defender das acusações utilizando as prerrogativas do cargo. Ao mesmo tempo, eu tinha uma situação de saúde indefinida, eu havia saído de um infarto, e eu precisava fazer um tratamento e verificar se o meu coração estava bem”, explicou.
Ele contou ainda que após sua saída do cargo, todas as denúncias cessaram e não houve mais nenhuma acusação.
“Eu fui vítima de uma grande orquestração de pessoas que tinham o interesse de me prejudicar”, disse.
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Futuro
Após falar sobre seu olhar romântico e ingênuo durante sua atuação como secretário da Educação, Castro foi questionado se no futuro não iria mais tentar um cargo no Poder Executivo.
“Eu não tenho bola de cristal e o futuro não nos pertence, só a Deus. Então eu tento não usar a palavra nunca e a palavra sempre. Mas a minha percepção é que eu não deva voltar a cargos no executivo. Eu entendo que eu considero um perfil do legislativo, fiz mandatos na assembleia muito exitosos. E eu acredito que estou mais preparado, no contexto político, no contexto do nosso estado e do nosso país, para um mandato no senado”, argumentou.
Privilégios
Castro disse ainda ser contra os privilégios que os senadores usufruem.
“Eu sou fortemente crítico dos privilégios que os senadores usufruem, privilégios que a maioria absoluta dos senadores nunca abriram mão. Na minha candidatura em 2018, eu assinei um compromisso, registrei em cartório, de renunciar a aproximadamente 50% das regalias de um senador”.
Desenvolvimento do interior
O pré-candidato foi questionado sobre o desenvolvimento do Amazonas, para além da capital, que alcance de fato os municípios do interior. Castro falou sobre a necessidade do Senador escutar os anseios da população local.
“Nós temos que avançar no zoneamento econômico-ecológico e tem que definir os papéis de cada segmento econômico em conjunto com a sociedade local, seja no turismo, no manejo florestal, na agricultura familiar, agricultura em maior escala, aí você tem uma série de possibilidades econômicos e sociais e isso precisa ser discutido com a sociedade local. E as emendas parlamentares precisam ser discutidas com a sociedade. O senador tem que parar se der aquela figura inacessível, tem que ser alguém eu desça e escute a população”, disse.
Veja a entrevista completa:
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