Nesta quinta-feira, 10, a corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo votou pela admissibilidade dos dois pareceres elaborados pelo vereador André Santos (Republicanos) no caso da briga entre as vereadoras do Novo Cris Monteiro e Janaína Lima.

O processo será continuado na corregedoria e ambas poderão apresentar suas defesas já a partir desta sexta, 11. Os pareceres de Santos sugerem a suspensão das prerrogativas regimentais das duas.

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Isso significa que, após a apresentação das defesas, caso os vereadores votem por dar uma punição às vereadoras, elas poderão ficar proibidas de usar a palavra em sessão e de exercer ou se candidatar a cargos da mesa diretora. Também não poderão ser relatoras, presidentes ou vice-presidentes de comissões da Casa.

Os detalhes de uma possível punição só vão ser definidos após apresentação da defesa. As testemunhas de ambas também serão ouvidas pelos vereadores. No relatório, Santos diz que a suspensão não deve se estender por mais de seis meses. É possível ainda que uma ou as duas tenham apenas algumas das prerrogativas de mandatos suspensas. Pessoas próximas ao corregedor dizem que a possibilidade de não ter nenhuma sanção é nula.

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Cris e Janaína, ambas do Partido Novo, se envolveram em uma briga no salão e no banheiro do plenário da Câmara no dia em que a Casa votava a reforma da Previdência municipal, em novembro do ano passado. Cris alega que foi empurrada contra a parede pela colega e agarrada pelo pescoço até ser esganada e cair no chão. Já Lima afirma ter agido em legítima defesa. (Veja o vídeo abaixo)

O delegado Marco Aurélio Flóridi, do 1º Distrito Policial de São Paulo, abriu inquérito para investigar o caso. Em dezembro, a Justiça determinou que Janaína ficasse a uma distância de pelo menos 20 metros da colega. Logo após o ocorrido, lideranças da Câmara defenderam a aplicação de uma punição ‘exemplar’ a Janaína, sob o argumento de que ela extrapolou no uso da força contra a colega.

Procurada, Cris não quis se manifestar. Por meio de sua assessoria, Janaína disse que recebeu com tranquilidade a decisão da corregedoria.

“Terá início agora a instrução processual e a oportunidade de apresentar minha defesa e provas, que, acredito, irão afastar a pena de suspensão de prerrogativas. Há muito anseio por ver a verdade prevalecer, mostrando que agi única e exclusivamente para resguardar minha integridade física e moral”, afirmou.

Veja o vídeo:

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